Black Friday 2025 deve movimentar R$ 5,4 bi no Brasil, diz CNC

A Black Friday de 2025 deve registrar o maior volume de vendas desde 2010, ano em que a Confederação Nacional do Comércio (CNC) começou a acompanhar oficialmente o desempenho da data no Brasil. A projeção divulgada na quarta-feira (19/11) indica movimentação de R$ 5,4 bilhões, uma alta de 2,4% em relação ao ano passado.

O avanço ocorre em um contexto econômico misto, em que sinais de melhora convivem com obstáculos relevantes ao consumo, informou o levantamento

De um lado, câmbio mais favorável e mercado de trabalho aquecido ampliam a capacidade de compra das famílias. De outro, juros elevados e endividamento recorde seguem limitando o apetite por gastos, especialmente em itens de maior valor.

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Para o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, o resultado esperado reflete equilíbrio. “É um momento de cautela na economia nacional, mas ainda assim veremos incremento nas vendas. A queda do dólar ajuda a controlar a inflação, mas também estimula compras internacionais, o que limita o desempenho do varejo brasileiro”, afirmou.

Câmbio mais baixo melhora condições de compra

Nos últimos 12 meses, a taxa média de câmbio caiu 8,3%, com o dólar abaixo dos R$ 5,30, cenário mais confortável que o do ano passado, quando a moeda oscilava na casa dos R$ 5,80. O movimento suaviza custos, melhora o poder de compra do real e tende a favorecer segmentos como eletrônicos, eletrodomésticos e itens importados.

O varejo também se beneficia do ritmo positivo do mercado de trabalho. O país tem registrado, ao longo de 2025, o menor nível de desemprego da série histórica do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE).

No segundo trimestre, a massa real de rendimentos avançou 5,5% frente ao mesmo período de 2024, reforçando uma base de consumidores com renda mais estável e sustentação para compras pontuais.

Apesar dos fatores positivos, os limites são claros, aponta a CNC. A taxa média de juros do crédito livre para pessoas físicas chegou a 58,3% ao ano, o maior patamar para esta época desde 2017.

Além disso, o endividamento atinge 30,5% das famílias, e a inadimplência, 13,2%, ou seja, o cenário deve impedir uma expansão mais robusta das vendas, mantendo o crescimento da Black Friday em ritmo moderado.

Setores que devem liderar as vendas

Cinco segmentos concentram a maior parte da movimentação prevista:

Hiper e supermercados: R$ 1,32 bilhão
Eletroeletrônicos e utilidades domésticas: R$ 1,24 bilhão
Móveis e eletrodomésticos: R$ 1,15 bilhão
Vestuário e acessórios: R$ 950 milhões
Farmácias, perfumarias e cosméticos: R$ 380 milhões

Juntos, os três primeiros representam 68% de todo o volume da data, reforçando o peso dos itens essenciais, eletrodomésticos de grande porte e eletrônicos na decisão de compra.

Os dados do levantamento indicam um consumidor mais seletivo, comparando preços ao longo do mês e aproveitando ofertas antes da sexta-feira oficial. O varejo digital deve concentrar boa parte das vendas, mas o comércio físico ainda preserva relevância em setores como supermercados, farmácias e moda.



Fonte: Metrópoles

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