Boulos chama Zema de “governador turista” por ausência em ato sobre Mariana

O ministro Guilherme Boulos, da Secretaria-Geral da Presidência, criticou a ausência do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), em atos sobre os dez anos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), que acontecem nesta quarta-feira (5).

Boulos, que assumiu o ministério há uma semana, cumpre em Belo Horizonte sua primeira viagem oficial como chefe da pasta. Ao assumir o posto, Boulos afirmou que sua principal missão como ministro será ajudar a colocar o governo “na rua”.

“É lamentável que o governador de Minas não esteja em Minas nessa data. Parece que é um governador turista. Passa 15 dias na Europa, depois vai para a Ásia. É triste ver uma situação dessa diante de um acontecimento de impacto internacional”, disse em entrevista à Rádio Itatiaia.

O ministro afirmou que cumpre a agenda como representante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“É dever do governo do Brasil estar ao lado dessas famílias e relembrar isso que aconteceu para que nunca mais se repita. Lamentavelmente, o governador Zema não tem tido essa postura”, acrescentou.

De acordo com a agenda oficial de Zema, o governador tem dois compromissos hoje no Rio de Janeiro. Às 18h, ele se reúne com o ex-capitão do Bope Rodrigo Pimentel, entre outros convidados, e às 20h participa remotamente da cerimônia de posse da diretoria eleita da Faemg ((Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais).

A CNN Brasil procurou a assessoria de Romeu Zema para comentar as declarações. O espaço está aberto.

Relembre o desastre ambiental

O rompimento da barragem ocorreu há exatos dez anos. Na ocasião, mais de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro foram despejados sobre uma comunidade inteira.

O desastre no subdistrito de Bento Gonçalves, próximo da cidade de Mariana, no interior de Minas, culminou na morte de 19 pessoas. De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, três pessoas nunca foram encontradas.

Entre os efeitos do rompimento da barragem foram 600 pessoas desabrigadas e 1,2 milhão de pessoas sem acesso à água potável. Na natureza, o evento despejou 40 milhões de metros cúbicos (m³) de rejeitos foram despejados no meio ambiente, atingindo 49 municípios em Minas Gerais e Espírito Santo. A lama percorreu 663 km até atingir o mar.

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