Braskem descarta venda de qualquer ativo para reestruturação

A Braskem não tem planos de venda de qualquer de seus ativos e está trabalhando com assessores em outras alternativas para reformular sua estrutura de capital, disse o presidente-executivo da petroquímica, Roberto Ramos, nesta terça-feira (11).

“Não temos no momento nenhum plano de venda de nenhum ativo”, disse o executivo durante entrevista a jornalistas após a publicação dos resultados de terceiro trimestre da Braskem.

“Já manifestei minha maneira de ver de que vender ativo significa trocar fluxo de caixa atual por futuro, e isso só tem sentido se for em condições muito vantajosas”, afirmou Ramos ao ser questionado quais ativos a Braskem estuda vender para ajudar na reestruturação financeira.

A empresa contratou em setembro assessores financeiros para ajudar a melhorar sua estrutura de capital, enfraquecida por um prolongado período de baixa da indústria petroquímica global marcado por excesso de oferta e achatamento de preços.

“Não acredito que qualquer solução vai passar por esse ponto (venda de ativos). Os estudos estão sendo feitos dentro das diversas alternativas que temos para rebalancear o capital próprio e de terceiros”, acrescentou o presidente da Braskem.

AÇÃO DISPARA

As ações da Braskem lideravam as altas do Ibovespa nesta sessão, avançando cerca de 14% por volta das 13h, enquanto o índice mostrava elevação de 1,47%.

Os ganhos eram embalados por expectativas em torno da venda da participação da Novonor na Braskem, alvo de especulações da imprensa há anos.

Questionados sobre rumores de avanço nas tratativas entre Novonor e IG4, executivos da Braskem não comentaram o assunto, afirmando que não participam das discussões.

Sobre o processo de reestruturação do capital da companhia, o diretor financeiro, Felipe Jens, afirmou que após a contratação de assessores financeiros em setembro os “trabalhos estão em pleno andamento ainda e não há qualquer definição ou decisão final”.

Ramos citou que o saque em outubro de US$ 1 bilhão feito pela Braskem em uma linha de crédito standby contratada pela companhia foi realizado como medida preventiva de reforço do capital da companhia.

“Fizemos isso na pandemia e o motivo naquela época foi o mesmo…Em situações de incerteza sobre o futuro é melhor ter mais recursos no caixa”, disse o presidente da Braskem, citando que o prolongado ciclo de fraqueza da indústria petroquímica global deve continuar “por algum tempo”.

Enquanto as discussões sobre a reestruturação financeira da Braskem – que encerrou setembro com uma alavancagem de 14,76 vezes, acima das 6,08 vezes de um ano antes – continuam, a empresa segue tocando plano de melhorias operacionais, que inclui uso de matérias-primas mais baratas que o nafta.

Ramos afirmou que a Braskem está utilizando propano importado da Argentina, em vez de nafta, em um dos seis fornos de central petroquímica no Rio Grande do Sul (Copesul) e que a eficiência do uso do insumo tem se mostrado “um pouco superior às nossas expectativas”.

A empresa não acelera essa adoção por causa da queda no preço da nafta. “Vamos ficar arbitrando” o uso das matérias-primas, disse o executivo.

Já sobre a parceria da Braskem com a mexicana Idesa no México, Jens também citou a contratação de assessores para reduzir a alavancagem da operação, que encerrou o terceiro trimestre próxima de 25 vezes.

Ramos afirmou que nos próximos meses essa relação deve se reduzir com a retomada da operação da Braskem Idesa. “Isso foi calculado quando a central ficou parada dois meses e meio (para manutenção) e isso já se modificou”, disse o presidente-executivo da Braskem na entrevista a jornalistas.

“A Pemex (petrolífera mexicana) está fornecendo menos matéria-prima do que gostaríamos, mas estamos suplementando com gás do terminal (de importação)”, disse Ramos, citando que a Braskem Idesa já está operando acima de sua capacidade máxima.

Segundo o executivo “nos meses à frente vamos ter crescimento de produção e crescimento de Ebitda e essa relação (de alavancagem) não vai ficar nesse nível…Ela vai operar acima dos 40% de capacidade do que operou este ano e vamos ter um reperfilamento do estoque de dívida”, acrescentou.

Sobre Alagoas, onde a empresa anunciou na noite da véspera acordo de R$ 1,2 bilhão que extingue a ação estadual contra a companhia sobre afundamento do solo de Maceió, os executivos citaram que uma central produtora de PVC no Estado foi hibernada em setembro e que a Braskem vai passar a importar o material EDC da norte-americana Olin para a produção de PVC.

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