Os candidatos Janette Jara, da coalizão de esquerda, e Jose Antônio Kast, do partido de ultra-direita, lideram as eleições presidenciais no Chile com 40% das urnas apuradas, segundo informações do Serviço Eleitoral do país (Servel).
Mais de 15 mil eleitores eram esperados nas urnas neste domingo (16) para escolher quem ocupará a Presidência do país entre 2026 a 2030. No pleito, a população também votou para deputados e senadores.
Esta foi a primeira eleição presidencial no Chile desde 2012 em que o voto foi obrigatório — quem não votou está sujeito a multa.
Principal preocupação dos chilenos, após o índice de homicídios para cada 100 mil habitantes do país quase triplicar entre 2015 e 2024, a segurança é o principal foco das propostas dos candidatos.
Como o aumento da criminalidade ocorreu paralelamente a uma onda migratória de venezuelanos, e à entrada da gangue Trem de Arágua, nascida em prisões do país de Nicolás Maduro, o tema é frequentemente vinculado à imigração.
Jeannette Jara, de 51 anos, é da coalizão governamental. Ela é a primeira candidata comunista no Chile desde o retorno da democracia ao país e entra na eleição presidencial como favorita na maioria das pesquisas de opinião.
O candidato de ultradireita José Antonio Kast, que já concorreu duas vezes à Presidência do Chile, está conseguindo recuperação nas pesquisas com uma plataforma de linha dura contra o crime, aparecendo em segundo lugar nos levantamentos.
Quem vencer a eleição assumirá o cargo em 11 de março de 2026.

