Demanda por refrigeradores pode triplicar até 2050 e pressionar emissões

A demanda por maneiras de resfriamento pode mais do que triplicar até 2050, diz o relatório Global Cooling Watch 2025, lançado na última terça-feira (11) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), na COP30 que acontece em Belém.

Desde o primeiro dia de conferência, líderes de todo o mundo vem relembrando as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris, de 2015, e o quanto o mundo ainda não conseguiu alcançar os objetivos postos naquele momento.

O ano de 2024, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), foi o mais quente já registrado no planeta, quando pela primeira vez, a temperatura média da superfície da Terra ficou 1,55°C acima dos níveis pré-industriais, passando o limite de 1,5° estabelecido pelo compromisso firmado há dez anos.

“Sem o Acordo de Paris, o mundo estaria fadado a um aquecimento catastrófico de quase 5°C até o fim do século. Estamos andando na direção certa, mas na velocidade errada. No ritmo atual, ainda avançamos rumo a um aumento superior a 1,5°C na temperatura global. Romper essa barreira é um risco que não podemos correr. (…) Faço um apelo para que os países cumpram seus compromissos”, disse o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo.

Exatamente neste contexto, o PNUMA alerta no relatório lançado, para as crescentes ondas de calor e o aumento de uma demanda por formas de se refrescar, assim como de refrigeração

“Na Europa, por exemplo, prevê-se que períodos mais frequentes de calor extremo causem um grande aumento na demanda por ar condicionado. Na Europa, por exemplo, prevê-se que períodos mais frequentes de calor extremo causem um grande aumento na demanda por ar condicionado”, diz um trecho do relatório.

O documento busca acelerar a adoção de soluções sustentáveis de refrigeração, sugerindo a adoção do que se classificou como “Caminho de Resfriamento Sustentável”, que combinaria tecnologias passivas e de baixo consumo de energia, com “urgência” de serem incorporadas nas políticas nacionais de planejamento urbano.

Técnicas como: sistemas híbridos de baixo consumo, a adoção de refrigerantes com menor impacto climático e expansão de acesso equitativo à refrigeração poderiam reduzir as emissões em 64%, protegendo cerca de 3 bilhões de pessoas do aumento de calor e economizando mais ou menos US$ 24 trilhões em eletricidade, diz o relatório.

“Não temos desculpa: é hora de acabar o calor”, diz Inger Anderson, diretora-executiva do PNUMA.

“À medida que as ondas de calor mortais se tornam mais regulares e extremas, o acesso ao resfriamento deve ser tratado como infraestrutura essencial, juntamente com água, energia e saneamento”, continua.

No mesmo dia foi lançado também o Mutirão Global contra o Calor Extremo, que é uma mobilização internacional para proteger o planeta das consequências das ondas de calor. Mais de 185 cidades já aderiram ao movimento.

Entre os compromissos do Mutirão estão: “avaliar a vulnerabilidade ao calor urbano e integrar soluções aos planos climáticos municipais, implementar projetos de resfriamento passivo e soluções baseadas na natureza, adotar tecnologias eficientes de resfriamento em prédios públicos e promover códigos de construção e energia que aumentam a resiliência urbana”.

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