A Justiça Federal determinou a soltura de dois suspeitos alvos da operação da PF (Polícia Federal) envolvendo o esquema do Banco Master.
Os investigados estavam presos por mandados temporários, que não foram renovados.
Conforme apurou a CNN Brasil, as solturas foram de André Felipe de Oliveira Seixas Maia, diretor de uma empresa suspeita de envolvimento no esquema, e Henrique Souza Silva Peretto, sócio de empresa também investigada. As solturas ocorreram na madrugada desta sexta-feira (21).
Os dois empresários eram os únicos que tiveram prisões temporárias — quando há um limite máximo de cinco dias, podendo ser renovado. As demais prisões realizadas pelos agentes policiais foram em cumprimento de cinco mandados preventivos — quando não há validade de tempo.
Em nota, a defesa de André Maia disse que o investigado “jamais praticou qualquer conduta ilícita”.
“Da mesma forma, o Sr. André reafirma sua plena disposição em colaborar com as autoridades, prestando todos os esclarecimentos necessários ao regular andamento da investigação, confiando na pronta elucidação dos fatos”, diz o advogado Luiz Felipe Mallmann de Magalhães.
A defesa de Henrique Peretto informou que a prisão temporária e soltura foram cumpridas conforme ordem judicial.
Além das detenções, a PF cumpriu 25 mandados de busca e apreensão e medidas cautelares diversas da prisão, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal.
A operação visou combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições que integram o SFN (Sistema Financeiro Nacional).
Segundo balanço da PF, as apreensões da operação são avaliadas em cerca de R$ 230,13 milhões.
Entre os itens, o de maior valor é o avião avaliado em R$ 200 milhões do banqueiro. A aeronave de luxo, apreendida no pátio do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, é a mesma que levaria Vorcaro a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, antes de ele ser preso pela PF.
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