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Dois cidadãos franceses são soltos de prisão no Irã após anos de detenção

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Dois cidadãos franceses são soltos de prisão no Irã após anos de detenção

O Irã libertou dois cidadãos franceses que estavam presos no país há mais de três anos, informou o presidente francês Emmanuel Macron nesta terça-feira (4), em uma aparente troca por uma estudante iraniana que havia sido libertada condicionalmente em outubro.

Cécile Kohler e seu companheiro Jacques Paris, que estavam detidos desde 2022, “foram libertados da prisão de Evin e estão a caminho da Embaixada da França em Teerã”, publicou Macron no X.

“Saúdo este primeiro passo. O diálogo continua para permitir seu retorno à França o mais rápido possível.”

O ministro das Relações Exteriores, Jean-Noël Barrot, afirmou mais tarde no X que Kohler e Paris agora estão “seguros” na Embaixada da França, “aguardando sua libertação definitiva”.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baghaei, declarou posteriormente que os dois cidadãos franceses foram libertados sob fiança e permanecerão no Irã “sob supervisão até a próxima etapa do processo judicial”.

Kohler e Paris estavam entre as dezenas de estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade detidos pela República Islâmica nos últimos anos, frequentemente sob acusações relacionadas à espionagem. A França afirmou que as acusações contra Kohler e Paris eram infundadas.

A libertação deles encerra anos de negociações entre os dois países sobre cidadãos franceses detidos no Irã — que chegaram a ser até sete em 2022.

A França acusou repetidamente o Irã de praticar sequestros de Estado e de manter seus cidadãos presos arbitrariamente em condições semelhantes à tortura. Teerã negou a acusação.

As chances de libertação de Kohler e Paris aumentaram depois que a França prendeu Mahdieh Esfandiari, uma estudante que vivia na cidade de Lyon, no início deste ano, por causa de postagens nas redes sociais com conteúdo anti-Israel. Ela foi libertada condicionalmente no fim de outubro.

A agência semioficial iraniana Tasnim citou, na época, um funcionário do Ministério das Relações Exteriores do Irã dizendo que Esfandiari estava se preparando para uma troca de prisioneiros.

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