Especialista explica diferença entre caso de Alef Manga e de Bruno Henrique

Bruno Henrique, do Flamengo, conseguiu reverter a suspensão de 12 jogos a qual havia sido condenado em setembro. Na última quinta-feira (13), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) absolveu o jogador pela conduta de fraude ligada a apostas.

Bruno Henrique foi enquadrado apenas no artigo 191, III, do CBJD, que trata de infrações relativas ao descumprimento de regulamentos de competição e condenado a pagar uma multa de R$ 100 mil.

A decisão dividiu opiniões entre torcedores e levantou dúvidas, principalmente em relação a outros processos por manipulação que já aconteceram no futebol brasileiro.

Em participação no Domingol com Benja do último domingo (16), o advogado especialista em Direito Desportivo Paulo Feuz, ex-auditor do STJD, explicou a diferença entre o caso de Bruno Henrique e de Alef Manga, que foi punido com 360 dias de suspensão por participar de um esquema de manipulação de resultados.

“O que me parece diferente de um caso para outro, é que, no caso do Alef Manga, você tinha ali uma operação Penalidade Máxima onde o Ministério Público de Goiás fez um trabalho maravilhoso e encaminhou para o tribunal já com as provas evidentes o seguinte: ‘Olha, esse camarada fez isso, ele recebeu desse e ele combinou com esses daqui para para esse tipo de situação’”, começou a explicar.

Então, o Alef Manga tinha lá provas evidentes de que ele tinha participação. Nsse caso do Alef Manga, foram 13 que foram responsabilizados. (…) O caso do Bruno Henrique, não me parece que ele estava envolvido em alguma máfia de apostas. O que pareceu é que ele quis ajudar o seu familiar. ‘Ah, mas o fato lesivo é o mesmo, não importa a a intenção.’ Acho que a gente tem que separar isso. Qual foi a minha intenção? A minha intenção era fraudar, era ganhar dinheiro. A minha intenção era, eu passei uma informação pro meu familiar, efetivamente se beneficiar.


Paulo Feuz, advogado especialista em Direito Desportivo e ex-auditor do STJD

Cartão amarelo proposital

O processo contra o atacante do Flamengo se deu devido a um cartão amarelo recebido em jogo contra o Santos, válido pelo Brasileirão de 2023. O cartão levantou suspeitas das casas de apostas, que avisaram a Justiça Brasileira, conforme o protocolo, e as investigações começaram. Mais tarde, em mensagens obtidas no celular do irmão do jogador, Wander Nunes Júnior, os envolvidos concluíram que Bruno Henrique poderia ter forçado, de fato, o cartão amarelo.

No julgamento da última quinta-feira (13), a defesa do jogador afirmou que o mesmo foi orientado a receber o terceiro cartão amarelo por estratégia, o que não configura uma atitude antiética ou antidesportiva.

 

“Essa questão do cartão amarelo é antiga, do clube mandar o jogador tomar cartão amarelo. Porém, é aquela mesma história: eu passar no sinal vermelho à noite? Eu passo no vermelho à noite para não ser assaltado, eu sou multado? Se pegar, sou, eu vou pagar multa. Então, é o caso do Flamengo aqui. Ele mandou o jogador tomar”, avaliou Paulo Feuz.

Relembre o caso que suspendeu Bruno Henrique do futebol

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