A gordura no fígado é uma condição cada vez mais frequente e costuma se desenvolver de forma silenciosa. Muitas pessoas só descobrem o problema durante exames de rotina, já que o órgão raramente provoca sinais evidentes em fases iniciais. Ainda assim, entender o que causa o acúmulo de gordura e quais sintomas podem surgir é fundamental para evitar complicações.
A esteatose hepática ocorre quando o fígado passa a armazenar mais gordura do que deveria, comprometendo parte de suas funções. O órgão é responsável por filtrar toxinas, ajudar na digestão de gorduras e armazenar vitaminas. Quando sobrecarregado, pode inflamar e evoluir para quadros mais sérios, como fibrose e cirrose, especialmente se houver fatores de risco associados.
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Suspeita ter gordura no fígado? Hepatologista responde o que fazer
A gordura no fígado é um problema silencioso, mas que requer atenção, principalmente por indivíduos com fatores metabólicos — obesidade, diabetes, hipertensão e alterações nos lipídios —, que estão mais propensos ao acúmulo de gordura no fígado.
“O fígado é um órgão bem silencioso e raramente dói”, afirma o hepatologista Rodrigo Rêgo Barros. O especialista reforça ainda que exames simples ajudam no diagnóstico: “O médico solicitará exames de sangue e de imagem e também excluirá causas menos comuns de gordura no fígado”.
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A esteatose hepática é popularmente conhecida como gordura no fígado
Mohammed Haneefa Nizamudeen/Getty Images
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A condição de gordura no fígado acomete 30% da população mundial
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Alterações na função hepática podem provocar distúrbios do sono, como insônia, sonolência diurna e ciclos de descanso irregulares
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No início, as manifestações costumam ser inespecíficas, como cansaço, fraqueza, perda de apetite, náuseas, sensação de inchaço abdominal ou desconforto do lado direito do abdome
Magicmine/Getty Images
O estilo de vida e a alimentação também desempenham papel importante no desenvolvimento da doença. A nutricionista Leticia Gasparetto explica que, quando há inflamação, alguns sinais podem surgir. “Quando o fígado inflama, suas funções se limitam, podendo aparecer cansaço, inchaço, enjoo, dor abdominal e dificuldade na digestão de gorduras”.
Esses sintomas são inespecíficos, mas funcionam como um alerta — sobretudo quando aparecem em conjunto com hábitos alimentares inadequados ou excesso de peso.
Principais sintomas da gordura no fígado
- Cansaço constante, mesmo após descanso.
- Desconforto ou dor leve no lado direito do abdômen.
- Náuseas e enjoo, principalmente após refeições.
- Inchaço abdominal ou sensação de estômago pesado.
- Dificuldade para digerir gorduras e sensação de má digestão.
- Alterações nas enzimas do fígado em exames de sangue (TGO, TGP, GGT).
Além do acompanhamento médico, a prevenção passa por escolhas diárias. Gasparetto aponta que alimentos muito gordurosos, açúcar em excesso, frituras e ultraprocessados favorecem a inflamação e devem ser evitados.
Por outro lado, vegetais verde-escuros, frutas cítricas, chá verde, cúrcuma, alho, azeite e peixes ricos em ômega-3 ajudam a aliviar a carga sobre o fígado e favorecer sua recuperação.
A gordura no fígado pode ser revertida quando identificada cedo e tratada de forma adequada. Para isso, é importante observar sintomas, conhecer seus fatores de risco e manter exames regulares.
Caso haja suspeita ou persistência de desconfortos digestivos, o ideal é procurar um hepatologista e iniciar o acompanhamento o quanto antes.
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Fonte: Metrópoles
