O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou neste domingo (2) que o governo libanês deve cumprir seu compromisso de desarmar o Hezbollah e expulsá-lo do sul do Líbano, visto que Israel continua atacando o grupo na região.
O exército israelense informou, em comunicado divulgado no domingo, que matou quatro pessoas ligadas ao Hezbollah.
Os Estados Unidos intermediaram um cessar-fogo em novembro de 2024 entre o Líbano e Israel, após mais de um ano de conflito desencadeado pela guerra em Gaza, mas os ataques israelenses do outro lado da fronteira continuam esporadicamente.
Katz também afirmou que a fiscalização máxima vai continuar e será intensificada para proteger os residentes israelenses no norte do país.
Segundo o cessar-fogo de novembro de 2024, que pôs fim a mais de um ano de hostilidades entre Israel e o Hezbollah, o Líbano concordou que apenas as forças de segurança do Estado deveriam portar armas no país. Isso significaria o desarmamento completo do grupo.
Desde então, o Líbano tem sofrido pressão dos EUA, da Arábia Saudita e dos rivais internos do Hezbollah para desarmar o grupo.
Fontes do exército libanês disseram à Reuters que explodiram tantos depósitos de armas do Hezbollah que ficaram sem explosivos, mas precisam agir com extrema cautela para evitar inflamar as tensões dentro do país.
Antes o partido político dominante no Líbano, o Hezbollah foi severamente enfraquecido pela guerra de Israel no ano passado, que matou milhares de combatentes e o líder de longa data, Hassan Nasrallah.
A guerra também matou mais de 1,1 mil mulheres e crianças e devastou vastas áreas do sul e do leste do Líbano.
O Hezbollah se comprometeu publicamente com o cessar-fogo e não se opôs à apreensão de depósitos de armas não tripulados no sul, e não disparou contra Israel desde a trégua de novembro.
No entanto, insiste que o desarmamento, conforme mencionado no texto, aplica-se apenas ao sul do Líbano e insinuou que um conflito seria possível caso o Estado agisse contra o grupo.
