Obesidade: estudo redefine conhecimento sobre metabolismo de gorduras

Pesquisadores da Universidade de Toulouse, na França, identificaram uma relação entre a obesidade e um distúrbio que causa o efeito oposto, a perda de gordura compulsória da lipodistrofia.

Eles analisaram a proteína HSL e identificaram nela uma ação para além da quebra de gordura. O estudo publicado na Cell Metabolism no domingo (23/11) indica que a proteína também atua no núcleo das células de gordura, os adipócitos, regulando a expansão do tecido adiposo.

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Anteriormente, os médicos acreditavam que a proteína HSL, por incentivar a quebra de gordura para abastecer o corpo em momentos de alta adrenalina, podia também se tornar uma espécie de interruptor do processo de uso de gordura e que sua retirada levaria necessariamente à obesidade.

Ao testarem retirar a proteína do organismo de camundongos, eles descobriram que, na realidade, os animais desenvolveram o distúrbio contrário, a lipodistrofia. A condição é marcada por perda de massa gorda e leva a riscos de distúrbios metabólicos tão graves quanto a obesidade.

Ação da proteína que queima gordura

A equipe investigava inicialmente a localização correta da proteína e descobriu que ela aparece em gotículas lipídicas e também no núcleo de adipócitos. Nesse ambiente, a HSL interage com outras moléculas e colabora com mecanismos de manutenção do tecido adiposo.

“A HSL é conhecida desde a década de 1960 como uma enzima mobilizadora de gordura. Mas agora sabemos que ela também desempenha um papel essencial no núcleo dos adipócitos, onde ajuda a manter o tecido adiposo saudável”, afirma o médico Dominique Langin, líder do estudo.

O processo descoberto por eles revela que a adrenalina ativa a HSL e estimula a saída da proteína do núcleo das células de gordura durante períodos de jejum. Em camundongos obesos, há uma concentração no núcleo, como se as proteínas lá presas não pudessem iniciar o processo de queima de gordura.

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Obesidade, mais do que o acúmulo de peso, é uma doença que afeta o corpo de forma sistêmica

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Sintomas da obesidade clínica que vão além do IMC

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De acordo com especialistas, apesar de a obesidade ser uma doença crônica multifatorial e, como todas elas, não ter cura, ela tem tratamento e controle

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Consumir alimentos saudáveis e praticar atividades físicas que favoreçam o ganho de massa muscular é uma forma de combater a condição

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Acima de tudo, é necessário ter força de vontade e constância. Para entender como controlar a obesidade é fundamental valorizar cada conquista alcançada

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Implicações para além da obesidade

Por isso, regular a obesidade e a lipodistrofia não é tão simples quanto adicionar ou retirar o HSL da equação. É o movimento dela na célula que forma a regulação correta da gordura corporal.

Os resultados apontam que adipócitos defeituosos resultam tanto em obesidade quanto em lipodistrofia. As duas condições provocam falhas de regulação metabólica e ampliam o risco cardiovascular, mostrando como um quadro aparentemente oposto de saúde pode compartilhar tanto origem como riscos.

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Fonte: Metrópoles

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