Para 73,7% dos latino-americanos, a Venezuela será melhor sem o atual líder Nicolás Maduro, segundo uma pesquisa divulgada pela Atlas/Intel em parceria com a Bloomberg neste sábado (1º).
O levantamento aponta ainda para a baixa popularidade de Maduro, que figurou como o pior líder venezuelano avaliado com 76% de percepção negativa; ele detém apenas 12% das avaliações positivas.
María Corina, líder da oposição venezuelana, despontou com 57% no quesito avaliação positiva — o nível mais alto entre as figuras políticas citados.
Mais da metade dos entrevistados disse confiar nela para a transição da democracia no país.
Edmundo González aparece em segundo no ranking de líderes bem-avaliados, com 44%. González enfrentou Nicolás Maduro na última eleição presidencial, com o apoio de María Corina, depois que ela foi impedida de concorrer.
De acordo com a pesquisa, 54% dos entrevistados disseram que concordam com a entrega do prêmio Nobel da Paz para a líder opositora.
A percepção latino-americana favorece ainda uma era pós-Maduro na Venezuela.
Cerca de 53% dos entrevistados apoiam uma eventual intervenção militar dos EUA no país.
Crise entre EUA e Venezuela
A tensão entre os países se intensificou nos últimos meses com ataques dos EUA a embarcações próximas do Caribe e do Pacífico, que resultaram em 57 mortes.
Os Estados Unidos enviaram navios de guerra para o Caribe, no que a Casa Branca diz ser uma missão para combater cartéis de drogas.
No entanto, o governo Trump apresentou poucos detalhes sobre as operações, como a quantidade de supostas drogas transportadas pelos navios-alvo ou quais evidências específicas possuíam para sugerir que transportavam drogas.
O presidente americano, Donald Trump, acusa Maduro de ser o líder de uma organização criminosa de tráfico de drogas; o que Caracas nega.
Nicolás Maduro, por sua vez, diz que a mobilização militar dos EUA busca uma mudança do regime, alegando que Trump inventou uma “guerra eterna”.
A pesquisa Atlas/Intel, em parceria com a Bloomberg, ouviu 6.757 latino-americanos adultos entre 22 a 28 de outubro; a margem de erro é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos. Cerca de 2.777 entrevistados são da Venezuela e outros 3.980 são de outros países da América Latina.
