O governo federal adotou uma nova estratégia de comunicação em relação ao PL Antifacção, intensificando as críticas às alterações propostas pelo relator Guilherme Derrite (PP-SP) no texto do projeto de lei. A mudança de postura partiu da Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto, visando recuperar o protagonismo nas discussões sobre segurança pública. A apuração é da analista de Política Larissa Rodrigues no CNN 360º.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), manifestou-se publicamente sobre o tema, sinalizando uma alteração significativa na abordagem do governo.
A expectativa é que o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, também se pronuncie sobre o assunto durante sua participação no Congresso Nacional do Ministério Público, em Brasília, onde deve se encontrar com representantes de MPs de todo o país.
“Essa é uma estratégia para desgastar a oposição, Derrite e a Câmara dos Deputados”, diz a analista de Política da CNN.
Disputas e tensões
O governo demonstra insatisfação com a decisão da Câmara dos Deputados de designar Derrite como relator do projeto. “A principal crítica recai sobre as modificações propostas no texto, que, segundo a visão governamental, poderiam limitar a atuação da Polícia Federal em determinadas investigações”, afirma Clarissa.
A estratégia governamental busca não apenas criticar as alterações no projeto, mas também atribuir possíveis desgastes ao Legislativo. A avaliação interna é que existe uma indignação popular em relação às mudanças propostas no relatório, o que poderia favorecer o posicionamento do governo nesta questão.

