Diante da prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a oposição pressiona para destravar o projeto da anistia nesta semana. Parlamentares querem aproveitar o estremecimento na relação entre o governo e a cúpula do Congresso Nacional para fazer a matéria andar.
Nesta segunda-feira (24), deputados e senadores da bancada do PL (Partido Liberal) se reuniram em Brasília para discutir uma estratégia de ação frente a prisão de Bolsonaro. O plano definido é pressionar para que a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro seja votada ainda nesta semana, independentemente do texto.
O relator da matéria, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), já anunciou que a matéria irá se limitar apenas à revisão das penas, sem contemplar uma anistia. Ainda assim, os parlamentares do PL pretendem apoiar a votação do relatório e defender a aprovação de um destaque.
A relação entre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o governo se complicou durante a tramitação do PL Antifacção. A apreciação na Casa Baixa rendeu a Hugo a acusações de trair o governo e de tentar enfraquecer a PF (Polícia Federal).
Diante da crise de confiança, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que Hugo deveria assumir a “responsabilidades por suas escolhas”.
“Ele que assuma as responsabilidades por suas ações e não venha debitar isso na minha atuação como líder da Bancada do PT”, disse o líder.
No Senado, a situação não é muito diferente. A indicação de Jorge Messias para ocupar vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) desagradou o presidente Davi Alcolumbre (União-AP), que defendia a indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A escolha criou ruídos na relação com o governo.
