Série de Ângela Diniz traz ponto de vista de mulheres, explicam produtoras

A nova série sobre a socialite Ângela Diniz promete revisitar um dos casos mais emblemáticos da história criminal brasileira sob uma ótica completamente feminina. “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada” estreou dois episódios nesta quinta-feira (13). A série é estrelada por Marjorie Estiano (Ângela) e Emilio Dantas (Doca Street).

Em entrevista exclusiva à CNN, as produtoras Renata Brandão, da empresa cinematográfica Conspiração, e Renata Rezende, diretora de produção da Warner Bros. Discovery, contaram mais sobre a série produzida por um time majoritariamente feminino, e que buscou dar voz à vítima e às perspectivas femininas que cercam o caso, marcado por décadas de debates sobre machismo, justiça e violência de gênero.

Ao longo dos episódios, o público conhece não só as vulnerabilidades por trás de Ângela Diniz, como suas amigas, mãe e filha.

Segundo as produtoras, a proposta é reconstruir a narrativa com sensibilidade e profundidade, evidenciando como o assassinato de Ângela, morta a tiros pelo até então companheiro amoroso em 1976, ainda ecoa nas discussões contemporâneas sobre o papel da mulher na sociedade.

“Nós usamos como base o podcast ‘Praia dos Ossos’, da Rádio Novelo. A gente soube que estava acontecendo a pesquisa para o programa e que ela se baseava no ponto de vista das mulheres para contar tudo o que tinha acontecido com a Ângela”, contou Brandão. “Era sobre o que diziam as mulheres, amigas que presenciaram a vida dela.”

“Até então, tudo o que tinha sido retratado sobre esse caso, sobre a história dela, era pelo ponto de vista de homens. Mesmo o próprio Doca Street escreveu uma autobiografia sobre como tudo teria se passado”, complementou a profissional, citando o assassino de Ângela Diniz.

Segundo Renata Brandão, a equipe manteve um “olhar fechado” sobre o que Doca Street tinha para contar. “Ninguém se interessou por ler a biografia dele, e nada sobre o ponto de vista do assassino.”

Renata Rezende enfatizou a “paixão” envolvida a partir do momento em que as produtoras decidiram embarcar na história.

“Foi muita paixão e força de vontade para realizar esse projeto com a autoralidade que ele merecia ser contado. E desde o momento que a gente realmente arrancou a produção, foi tudo muito fluido”, relatou ela.

“Todo mundo tinha muita certeza da história que queria contar, todo mundo estava muito alinhado nesse sentido, editorialmente, artisticamente e acho que que foi um casamento muito interessante”, complementou Rezende.

A representante da Warner Bros., marca que encabeça o serviço de streaming HBO Max, destacou o “orgulho” em fazer uma mulher que não necessariamente é uma figura perfeita.

“Ela não é uma personagem feminina que a gente está acostumada a ver. Ela era uma mulher errante, que se entregava ao desejo e não se deixava dominar.”

A série tem Antônio Fagundes no papel do advogado e ex-ministro do STF Evandro Lins Silva; Thiago Lacerda (Ibrahim Sued); Camila Márdila (Lulu Prado) e Yara de Novaes (Maria Diniz).

Complementam o elenco Thelmo Fernandes, Renata Gaspar, Tóia Ferraz, Carolina Ferman, Joaquim Lopes, Emílio de Mello, Marina Provenzzano, Maria Volpe, Gustavo Wabner, Ester Jablonski, Pedro Nercessian, Deco Almeida, Stepan Nercessian, Daniela Galli, Priscila Sztejnman, Tatsu Carvalho, Charles Fricks e Alli Willow.

Além da direção de Waddington, a série foi escrita por Elena Soárez (“O Mecanismo”, “Casa de Areia”, “Filhos do Carnaval”), com produção executiva de Waddington, Lorena Bondarovsky e Renata Brandão.

Assista ao trailer de “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada”

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