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Tábua de madeira, plástico ou vidro? Saiba qual opção é mais saudável

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Tábua de madeira, plástico ou vidro? Saiba qual opção é mais saudável

Quem cozinha com frequência sabe que a tábua de corte é uma das peças mais usadas e, ao mesmo tempo, uma das que mais exigem cuidado. É nela que passam legumes, frutas, pães e carnes cruas, e o tipo de material escolhido pode definir se a preparação será segura ou se há risco de contaminação.

Afinal de contas, é melhor usar tábua de madeira, plástico ou vidro? Cada uma tem vantagens e desvantagens, principalmente quando o assunto é higiene. Entender como os microrganismos se comportam em cada material ajuda a evitar doenças e a prolongar a vida útil do utensílio.

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Tábua de madeira acumula mais bactérias

A tábua de madeira, apesar de tradicional e queridinha dos churrascos, exige atenção. O material é poroso, com frestas pequenas entre as fibras que acabam retendo líquidos e pedaços de alimentos.

Com o tempo, essas áreas podem abrigar bactérias como Salmonella e E. coli, presentes em carnes cruas e outros alimentos. Mesmo lavando logo depois do uso, é difícil eliminar completamente esses microrganismos. Produtos como vinagre ou cloro ajudam, mas não são capazes de esterilizar as ranhuras mais profundas.

“A contaminação cruzada é um dos principais riscos entre alimentos crus e prontos para consumo. As tábuas podem acumular e permitir a sobrevivência de microrganismos em superfícies danificadas, como fendas e sulcos, que protegem bactérias do efeito da lavagem e de algumas soluções sanitizantes”, explica a microbiologista Stephanie Capanema, do Conforlab, em São Paulo.

Por isso, a madeira não é recomendada para cozinhas profissionais e deve ser usada com atenção em casa. O ideal é trocar assim que surgirem rachaduras, manchas ou mau cheiro.

Tábua de plástico precisa ser trocada com frequência

A tábua de plástico é uma opção prática para o dia a dia por ser leve, fácil de lavar e resistente ao uso de detergente, água quente e produtos de limpeza. Mas, com o tempo, as facas deixam cortes e o material começa a desgastar.

Essas ranhuras não costumam ser um problema no início, mas, com o uso diário, passam a reter resíduos e deixam a limpeza menos eficiente, o mesmo processo que ocorre com a tábua de madeira.

Quando isso acontece, a melhor escolha é substituir o utensílio. Tábuas muito riscadas ou manchadas já não cumprem bem a função e podem comprometer a higiene dos alimentos.

Também vale usar tábuas diferentes para cada tipo de alimento. Uma para carnes cruas, outra para frutas, legumes ou alimentos já cozidos. Essa separação ajuda a evitar a contaminação cruzada — quando microrganismos de um alimento passam para outro durante o preparo.

Tábua de vidro é a mais higiênica

A tábua em vidro temperado é a campeã em higiene, já que a superfície lisa não retém resíduos e permite uma limpeza completa com água e sabão. Ela também suporta temperaturas altas e pode ser lavada na lava-louças sem prejuízo.

Entre todos os tipos, a tábua de vidro é a mais higiênica, já que a superfície lisa evita o acúmulo de sujeira

Por outro lado, o material é pesado e escorregadio, o que exige atenção na hora de manusear. As facas podem perder o fio com o uso prolongado e também há risco de acidentes caso o vidro quebre. Ainda assim, do ponto de vista microbiológico, é o tipo de tábua mais seguro para evitar bactérias.

“O vidro é seguro e fácil de limpar, mas precisa estar em bom estado. Se houver trincas ou lascas, a tábua deve ser descartada imediatamente para evitar contaminação e acidentes”, orienta Paloma Popov, nutricionista e professora da Universidade Católica de Brasília (UCB).

Como higienizar a tábua de forma correta

Independentemente do material, a limpeza da tábua precisa ser feita logo depois do uso. Água quente e sabão são suficientes para o dia a dia, desde que a tábua seja bem seca antes de ser guardada.

O uso periódico de vinagre ou cloro diluído também ajuda a eliminar microrganismos. Outras técnicas simples que fazem a diferença são manter a superfície seca e substituir a tábua quando apresentar desgaste visível.

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Fonte: Metrópoles

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