O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (21) que o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, terá que apoiar o plano de paz patrocinado pelos EUA para interromper a invasão da Rússia.
Após uma reunião com o prefeito eleito de Nova York, Zohran Mamdani, Trump repetiu que esperava resolver a guerra muito antes, mas acrescentou que precisa da cooperação dos dois lados: “São necessários dois para dançar o tango”.
O líder americano disse que o inverno que se aproxima, o crescente número de mortos e os repetidos ataques às usinas de energia ucranianas ressaltam a urgência de acabar com a guerra.
“Nós temos um plano. É horrível o que está acontecendo”, disse Trump. “Temos uma maneira de conseguir a paz, ou achamos que temos uma maneira de chegar à paz. Ele terá que aprová-lo”, acrescentou, referindo-se a Zelensky.
Negociações de paz
O plano de 28 pontos proposto por Washington pede que a Ucrânia ceda território, aceite limites para suas Forças Armadas e renuncie às ambições de entrar para a Otan.
A proposta também contém algumas propostas às quais Moscou pode se opor e exige que suas forças se retirem de algumas áreas que capturaram, de acordo com um rascunho visto pela Reuters.
O presidente russo Vladimir Putin, que anteriormente se recusou a ceder em relação às principais demandas territoriais e de segurança da Rússia, disse nesta sexta-feira (21) que o plano dos EUA poderia ser a base de uma resolução final para o conflito de quase quatro anos.
Zelensky alertou que a Ucrânia corre o risco de perder sua dignidade e liberdade — ou o apoio de Washington — por causa de um plano de paz dos EUA que endossa as principais exigências russas.
Em fevereiro deste ano, Trump havia dito a Zelensky que o líder ucraniano não “tinha as cartas” para encerrar o conflito apenas em seus termos.
“Em algum momento, ele terá que aceitar algo que não aceitou”, disse ele. “Eu acho que ele deveria ter feito um acordo há um ano, dois anos atrás. O melhor acordo teria sido se isso nunca tivesse começado.”
