O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não é o primeiro político encarcerado na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal.
Ao longo dos últimos dez anos, ao menos três de renome já ficaram presos sob custódia da PF, em cela comum.
O mais recente foi Valdemar Costa Neto, presidente do PL, em fevereiro do ano passado. Durante operação da PF sobre a trama golpista ele foi flagrado com arma e uma pepita de ouro. Ele foi detido para averiguação e passou a noite na cela.
Em julho de 2017, Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Secretaria de Governo de Michel Temer, foi preso pela PF após apreensão de R$ 51 milhões em caixas de papelão. Ele também passou um dia na cela e foi transferido para o Complexo da Papuda.
Já em outubro de 2016, a PF recebeu o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. Ele ficou na cela da Superintendência da PF.
A cela onde os três ficaram é de 5×3 metros de comprimento. Há um beliche, com duas camas de concreto com colchão do tipo hospitalar e uma mureta que separa a cama do local onde há espaço para tomar banho e fazer necessidades fisiológicas. Há um chuveiro em cima de uma privada, que é embutida no chão.
Durante a prisão na carceragem da PF os três tiveram direito a jantar — com arroz, feijão, proteína e salada. Pela manhã, tem café, leite, pão e uma fruta. O cardápio do almoço é o mesmo do jantar, com mudança na proteína.
A cela desses políticos é diferente da que montada para Jair Bolsonaro. Ele está em uma sala reservada como cela e há cama com colchão, ar-condicionado, televisão, frigobar, banheiro privativo e janela, além de armário. É uma prerrogativa para ex-presidentes.
