Visão dupla em voo leva jovem de 24 anos a descobrir tumor cerebral

A britânica Abi Smith, 24 anos, ex-assessora de relações públicas no Reino Unido, viajava em 2014 a trabalho para os Estados Unidos quando durante o voo começou a enxergar tudo duplicado. Ela acreditou, na época, que fosse apenas efeito da pressão da cabine ou cansaço acumulado, mas acabou descobrindo um tumor cerebral agressivo.

Durante as duas semanas da viagem, a visão duplicada não passou. Abi continuou a rotina, mas percebeu dificuldades crescentes para focar a imagem. De volta ao Reino Unido, a situação se agravou: ela perdeu parte da mobilidade do braço e perna do lado direito, o que a impediu de caminhar e se movimentar normalmente. Assustada, procurou atendimento médico e passou por uma tomografia, que inicialmente não mostrou alterações.

Por causa dos sintomas neurológicos, médicos chegaram a suspeitar de derrame e, depois, de esclerose múltipla. Só uma ressonância mais completa revelou a verdadeira origem do problema: Abi tinha um tumor cerebral.

Exames subsequentes mostraram que se tratava de um glioma grau 3, considerado agressivo, com parte do tumor no cérebro e outra parte se estendendo pela base da coluna.

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A porção localizada na coluna pôde ser removida em julho de 2019, mas a parte no cérebro era inoperável devido à localização. Então, Abi iniciou um tratamento intenso com seis semanas de radioterapia e seis meses de quimioterapia.

O processo trouxe efeitos colaterais duros: ela perdeu cabelo, enfrentou fadiga profunda e ficou dois meses sem conseguir engolir alimentos sólidos, após perder o reflexo de deglutição.

Antes do diagnóstico, Abi trabalhava como assessora de comunicação e levava uma rotina cheia de compromissos. Após o tratamento, precisou deixar o emprego e reorganizar completamente a vida. Em 2021, encontrou uma forma de transformar sua experiência em apoio a outras pessoas: criou a própria marca de cartões com mensagens de incentivo para pacientes com câncer.

A iniciativa ganhou força e, com a ajuda de amigos e familiares, já arrecadou quase 16 mil libras em campanhas e corridas beneficentes voltadas à Brain Tumour Research, organização que compartilha a história de Abi e financia pesquisas sobre tumores cerebrais. A instituição informou que, nos exames mais recentes, o tumor dela permanece estável.

O caso de Abi reforça que tumores cerebrais nem sempre começam com dores de cabeça ou convulsões. Muitas vezes, os primeiros sinais são sutis — como alteração visual ou fraqueza repentina — e facilmente confundidos com problemas passageiros. No caso dela, a suposta “pressão do voo” mascarou sintomas neurológicos importantes.

A Brain Tumour Research destaca que a atenção a mudanças súbitas na visão, na coordenação ou no equilíbrio é essencial para que o diagnóstico seja feito cedo. Mesmo jovens saudáveis podem apresentar tumores agressivos, e a rapidez na investigação faz diferença no tratamento e na qualidade de vida.

Hoje, Abi tenta viver cada etapa com tranquilidade e afirma que a doença mudou sua percepção sobre prioridades.

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Fonte: Metrópoles

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