Nesta segunda-feira (29/12), completam-se exatos 12 anos de um dos episódios mais marcantes e silenciosos da história recente do esporte. Em 2013, o mundo acompanhava as notícias preocupantes que vinham dos Alpes franceses: Michael Schumacher, heptacampeão da Fórmula 1, havia sofrido um grave acidente de esqui durante férias com a família, em Méribel, no sudeste da França.
Naquele dia, Schumacher esquiava fora da área demarcada quando caiu e bateu a cabeça em uma rocha. Mesmo usando capacete, o impacto foi severo. Ele foi socorrido de helicóptero e levado ao hospital de Grenoble, onde passou por cirurgias e foi colocado em coma induzido para conter possíveis lesões cerebrais.
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As semanas seguintes foram marcadas por boletins médicos cautelosos e poucas informações oficiais. Em setembro de 2014, pouco antes de o acidente completar um ano, Schumacher deixou o hospital e passou a receber tratamento em sua residência, na Suíça. Desde então, sua condição de saúde é acompanhada de forma privada, com cuidados permanentes e acesso restrito.
Discrição e cautela
Ao longo desses 12 anos, quase nenhuma atualização foi divulgada publicamente. Uma das poucas exceções é Jean Todt, amigo pessoal e ex-chefe da Ferrari, que falou sobre o alemão em entrevistas pontuais.
“Eu vi Michael na semana passada. Ele está lutando. Espero que o mundo possa vê-lo novamente em breve. É para isso que ele e sua família estão lutando”, disse ao Daily Mail, em 2020. Meses depois, reiterou à RTL: “Eu vejo Michael com muita frequência, uma ou duas vezes por mês. Minha resposta é sempre a mesma: ele está lutando”.
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Em 2021, o documentário Schumacher, da Netflix, trouxe o relato mais direto da família. Corinna Schumacher resumiu a situação do marido sem entrar em detalhes médicos: “Apesar de estar aqui, ele não é o mesmo, mas está aqui”. Mick Schumacher também participou da produção e afirmou que o pai não consegue mais se comunicar como antes, lamentando a perda da convivência cotidiana.
Aparições pontuais
Mesmo com o silêncio, episódios pontuais alimentaram a atenção do público. Em 2024, surgiram rumores de que Schumacher teria estado presente no casamento da filha Gina-Maria, sem qualquer registro público. Já em abril de 2025, um gesto simbólico ganhou repercussão: o heptacampeão teria colocado as iniciais “M.S.” em um capacete da campanha Race Against Dementia, apoiada por Corinna. Não foi esclarecido se o autógrafo foi feito de forma independente ou com auxílio.
Doze anos depois do acidente que interrompeu sua vida pública, Schumacher segue como uma das maiores referências da F1. Dono de sete títulos mundiais, 91 vitórias e uma era dominante na Ferrari, o alemão permanece presente na memória do esporte, enquanto sua condição de saúde continua protegida pelo silêncio escolhido pela família.
Fonte: Metrópoles