Análise: Ataques feitos a barcos não têm impacto no regime da Venezuela

O analista de Internacional da CNN, Lourival Sant’Anna, avalia, durante o CNN Prime Time, que os recentes ataques realizados pelos Estados Unidos contra barcos venezuelanos não têm impacto significativo sobre o regime do país.

De acordo com Sant’Anna, o governo do presidente americano, Donald Trump, encontrou uma forma de financiar suas operações militares na região através do confisco de petróleo. “Ele já confiscou 4 milhões e meio de barris de petróleo, com o petróleo a US$ 60 por barril. Fazendo as contas, dá para custear essa operação militar”, explica.

Embargo econômico como alternativa à ação militar

O analista destaca que uma pesquisa da CBS News realizada pelo YouGov há um mês mostrou que 70% dos americanos se opõem a uma ação militar direta contra o território venezuelano. Com as eleições que renovarão toda a Câmara e um terço do Senado americano previstas para daqui a menos de 11 meses, a pressão contra uma intervenção militar é significativa.

Diante da resistência popular a um conflito direto, Trump adotou a estratégia de embargo econômico contra a Venezuela. “O petróleo derivado representa 58% das receitas do país”, pontua

Sant’Anna também questiona as justificativas apresentadas pelo governo americano para as ações. “O governo Trump disse que o petróleo da Venezuela está financiando o narcoterrorismo. Isso não faz sentido porque o narcoterrorismo é a atividade mais lucrativa do planeta Terra”, afirma. O analista acrescenta que “é o narcotráfico que financia outras atividades criminosas e não o contrário”.

Impactos geopolíticos mais amplos

As ações americanas têm efeitos colaterais que pressionam outros adversários dos Estados Unidos. Segundo Sant’Anna, a operação acaba por pressionar simultaneamente China, Cuba e Rússia, esta última tendo recentemente retirado empresas que prestavam serviços na Venezuela.

“É uma frente bastante vantajosa para os objetivos de Trump”, conclui o analista.

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