A decisão sobre o destino do cumprimento da pena de Augusto Heleno deve sofrer um atraso de pelo menos 15 dias. Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal realize uma perícia médica para avaliar as condições de saúde do general, que está preso no Comando Militar do Planalto. A análise é de Teo Cury, ao Bastidores CNN.
A medida foi tomada após serem identificadas contradições entre as informações apresentadas pela perícia do Exército Brasileiro e pela defesa de Heleno.
“Houve uma contradição entre o que a perícia do exército brasileiro informou ao STF há uma semana, e a informação apresentada pela defesa do general Augusto Heleno sobre ele não ter Alzheimer desde 2018, mas, sim, desde o começo desse ano“, explicou Cury.
Acompanhamento médico em análise
A equipe de defesa, liderada pelo advogado Mateus Milanese, esclareceu que Heleno realiza acompanhamento psiquiátrico desde 2018, mas o diagnóstico efetivo de Alzheimer só foi estabelecido no início deste ano. A defesa pleiteia a transferência do general, que tem 78 anos, do Comando Militar do Planalto para sua residência em Brasília.
Os peritos da Polícia Federal deverão informar ao Supremo se há necessidade de acompanhamento médico constante, considerando o quadro clínico atual do general. Após a conclusão da perícia, o documento será encaminhado a Alexandre de Moraes, que deve compartilhá-lo com a Procuradoria Geral da República para possível emissão de novo parecer.
Heleno iniciou o cumprimento de pena de 21 anos há uma semana, após condenação pela Primeira Turma do Supremo em setembro de 2025. A PGR já se manifestou favoravelmente à prisão domiciliar, mas aguardará o novo laudo médico para possível atualização de seu posicionamento.
“A defesa prega a defesa do Comando Militar do Planalto para a casa dele em Brasília, para haver acompanhamento médico – inclusive, isso consta na decisão do ministro Alexandre de Moraes”, apontou o jornalista.
