Celso Sabino (sem partido) se encontra em uma situação complexa após sua saída do Ministério do Turismo. A analista Larissa Rodrigues explicou, no CNN 360°, que o ex-ministro abriu mão de um histórico no União Brasil e se colocou à disposição do governo, mas acabou sendo retirado do cargo por uma decisão unilateral.
Durante coletiva de imprensa, Sabino tentou destacar seus feitos à frente da pasta, mas não conseguiu dar uma resposta clara sobre os motivos de sua saída. É perceptível que ele convocou a entrevista numa tentativa de controlar a narrativa e apresentar sua versão dos fatos, chegando a anunciar seu possível substituto antes mesmo de qualquer posicionamento oficial do presidente Lula (PT) ou de outros ministros responsáveis pela articulação.
Impactos políticos da saída
O ex-ministro terá que reassumir temporariamente seu mandato de deputado federal pelo União Brasil antes de tentar concorrer a uma vaga no Senado nas próximas eleições. Esta movimentação ocorre em um momento delicado para suas articulações políticas no Pará, onde Sabino pretende disputar uma das duas vagas ao Senado em 2026.
A situação se complica ainda mais porque o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), também deve disputar uma vaga no Senado, e as pesquisas têm mostrado ele à frente. Isso coloca o presidente Lula em uma posição difícil, tendo que apoiar dois aliados que competirão entre si.
Questionado sobre a informação de que o anúncio do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) teria reaproximado o presidente Lula com o comando do União Brasil, Sabino evitou entrar em discussões políticas mais profundas. Sua postura durante a coletiva foi descrita pela analista como evasiva, com declarações que “falou, falou e não falou nada”, evidenciando o desconforto com a situação.

