O Banco Central (BC) revisou para cima as projeções do crescimento da economia brasileira em 2025 e 2026. Para este ano, última previsão era de crescimento de 2% e, agora, de 2,3%. Em relação a 2026, a última perspectiva era de avanço de 1,5% na economia, mas subiu para 1,6%.
A variação anterior, divulgada em setembro, era de avanço de 2%. As estatísticas fazem parte do Relatório de Política Monetária (RPM), divulgado nesta quinta-feira (18/12).
Relatório de Política Monetária
- No ano passado, o BC anunciou a mudança na nomenclatura do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), agora Relatório de Política Monetária (RPM). Segundo a autoridade monetária, a mudança ocorre para se alinhar com “a prática internacional”.
- Os moldes do Relatório de Política Monetária são os mesmos do Relatório de Inflação.
- O RPM reúne as decisões de política monetária adotadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom), bem como o desempenho da nova sistemática da meta inflacionária, as considerações sobre a evolução do cenário econômico e as projeções para a inflação.
- A partir deste ano, o BC deve divulgar, até o último dia útil de cada trimestre, o relatório de política monetária.
Desaceleração do PIB
O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, em um ano. Alta significa que a economia está crescendo em um ritmo bom, enquanto um recuo implica encolhimento da produção econômica.
A última previsão do Ministério da Fazenda para o PIB é de um crescimento de 2,2% em 2025. O número foi reduzido em novembro deste ano.
Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%, ante crescimento de 3,2% no ano anterior.
Inflação e Selic
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a taxa básica de juros da economia em 15% na última reunião, no início deste mês.
O colegiado reconheceu o arrefecimento da atividade econômica e a redução nos índices de projeção da inflação, mas ainda não identificou os pontos necessários para reduzir a taxa. O principal ponto é a inflação ainda acima do centro da meta.
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3%. Como há intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%. Em 12 meses até novembro, a inflação acumula alta de 4,46%, o que representa o estouro do centro da meta.
O relatório do BC indica que o órgão enxerga uma desaceleração na atividade econômica, no entanto, ainda vê o mercado de trabalho aquecido.
“O mercado de trabalho permanece aquecido, com desemprego baixo e rendimento real em alta, embora se observem sinais de arrefecimento da ocupação”, diz trecho do relatório.
A redução na atividade econômica e no mercado de trabalho são pontos que o Copom considera relevantes para a redução na taxa básica de juros. O indicador atua como uma espécie de freio ao crescimento econômico. Por este motivo, o governo pressiona para que a taxa inicie um ciclo de baixa.
Fonte: Metrópoles
