A Casa Branca postou um vídeo que mostra policiais detendo indivíduos em supostas ações de imigração utilizando a música “Juno” de Sabrina Carpenter, uma das maiores cantoras pop.
Em uma publicação na rede social X, o perfil @WhiteHouse publicou: “Você já experimentou este? Tchau tchau”.
Have you ever tried this one?
Bye-bye
pic.twitter.com/MS9OJKjVdX — The White House (@WhiteHouse) December 1, 2025
Em turnê, Carpenter faz suas próprias “prisões” divertidas durante a música “Juno” com as celebridades que assistem aos seus shows, entregando-lhes um par de algemas felpudas rosa.
Em resposta à postagem, a cantora e compositora vencedora do Grammy classificou o vídeo como “maligno e repugnante”.
“Nunca me envolvam, nem a minha música, para beneficiar a sua agenda desumana”, publicou Carpenter no X.
A Casa Branca rebateu as críticas da cantora ao uso de sua música:
“Aqui vai um recado curto e direto para Sabrina Carpenter: não vamos nos desculpar por deportar criminosos perigosos, assassinos ilegais, estupradores e pedófilos do nosso país. Qualquer pessoa que defenda esses monstros doentes deve ser estúpida, ou será que é lenta?”, disse a porta-voz Abigail Jackson em um comunicado.
Estratégia de mídias sociais da Casa Branca
Esta não é a primeira vez que a Casa Branca, sob o governo de Trump, usa músicas de artistas sem o consentimento deles, frequentemente adotando um tom descontraído nas redes sociais com memes e vídeos.
Em um vídeo semelhante publicado pelo Departamento de Segurança Interna no mês passado, a mídia de uma das músicas de Olivia Rodrigo, “All-American Bitch”, foi desativada no Instagram, embora ainda apareça no X.
A cantora e compositora criticou duramente o uso de sua música em uma resposta que já foi removida.
“Nunca usem minhas músicas para promover sua propaganda racista e odiosa”, escreveu ela, segundo a Billboard e a Rolling Stone.
As contas da Casa Branca nas redes sociais também publicaram um vídeo do presidente com o áudio da música “Hey Daddy (Daddy’s Home)”, do cantor Usher — uma referência ao secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, que se referiu ao presidente Donald Trump como “papai” durante uma cúpula na Holanda.
A publicação foi posteriormente “desativada em resposta a uma denúncia do detentor dos direitos autorais”.
E a conta do TikTok da Casa Branca publicou um vídeo usando a música “The Fate of Ophelia” de Taylor Swift com imagens de funcionários do governo Trump.
No entanto, Swift — que já foi atacada pessoalmente por Trump no passado — manteve-se em silêncio sobre o uso da música. Quando a Casa Branca usou a canção no mês passado, o representante da cantora não respondeu ao pedido de comentário da CNN.
Celine Dion, Foo Fighters, Bruce Springsteen e Beyoncé estão entre os artistas que, ao longo dos anos, se opuseram ao uso de suas músicas por Trump.

