O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou 0,1 % no terceiro trimestre (julho, agosto, setembro), comparado ao segundo trimestre. O desempenho representa desaceleração do crescimento da atividade econômica do país. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (4/12).
O resultado do terceiro trimestre representa uma desaceleração em relação ao trimestre anterior (abril, maio, junho), quando o índice ficou em 0,4%.
O PIB do Brasil
- Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, em um ano. A divulgação é feita trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
- Uma alta significa que a economia está crescendo em um ritmo bom. Por outro lado, um recuo implica encolhimento da produção econômica da nação.
- A estimativa do Banco Central (BC) para o crescimento da atividade econômica do país neste ano é de 2,0%. Já o Ministério da Fazenda projeta uma expansão mais otimista, de 2,2%. Para o mercado financeiro, o PIB do Brasil avançará 2,16% em 2025.
- Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%, ante crescimento de 3,2% no ano de 2023.
Os setores produtivos agropecuária (0,4%) e a indústria (0,8%) tiveram alta. Já o setor de serviços, que tem maior peso na economia, ficou praticamente estável (0,1%).
O IBGE também divulgou o PIB em valores correntes no terceiro trimestre, período no qual o indicador alcançou R$ 3,2 trilhões. O valor separado pelos três grandes segmentos da economia foi R$ 176,2 bilhões para a agropecuária, R$ 682,2 bilhões para a indústria e R$ 1,9 trilhão para os serviços.
Comparação com mesmo trimestre de 2024
Na comparação entre os terceiros trimestres de 2024 e 2025, houve avanço de 1,8% no PIB. O resultado foi puxado principalmente pela agropecuária, com alta de 10,1%. Dentro deste segmento, se destacaram os crescimentos das safras das seguintes culturas: milho (23,5%), laranja (13,5%) e algodão (10,6%). Em contrapartida, a produção de cana de açúcar recuou 1%.
Mesmo com o resultado mais modesto, o grande segmento de serviços teve uma atividade com desempenho mais forte, o de transporte, armazenagem e correio (2,7%).
“As atividades de agropecuária e extrativa mineral, com menor sensibilidade à política monetária contracionista, foram as que tiveram as maiores altas, tanto na comparação interanual quanto no acumulado no ano”, contextualiza a analista das Contas Trimestrais do IBGE, Claudia Dionísio.
Previsões
A desaceleração do PIB já era esperada. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, elaborado pelo Banco Central, indicava uma redução de 0,9% na atividade econômica do trimestre.
O Banco Central (BC) prevê que o PIB de 2025 encerre o ano com crescimento de 2% frente ao ano anterior. O grupo de economistas consultados pelo BC, resulta nas perspectivas expostas no Boletim Focus acreditam em um crescimento de 2,16% do PIB este ano. Já o governo estima expansão de 2,2%.
Confira os destaques do PIB em comparação ao trimestre anterior:
Agropecuária: 0,4%
Indústria: 0,8%
Serviços: 0,1%
Formação Bruta de Capital Fixo (Investimentos): 0,9%
Consumo das famílias: 0,1%
Consumo do governo: 1,3%
Exportações: 3,3%
Importações: 0,3%
Confira os destaques do PIB na comparação com o 3º tri de 2024:
Agropecuária: 10,1%
Indústria: 1,7%
Serviços: 1,3%
Formação Bruta de Capital Fixo (Investimentos): 2,3%
Consumo das famílias: 0,4%
Consumo do governo: 1,8%
Exportações: 7,2%
Importações: 2,2%
Fonte: Metrópoles
