A inclusão da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) no Sistema Único de Saúde (SUS) é considerada um avanço histórico. A medida fortalece a prevenção da bronquiolite em recém-nascidos, iniciando a proteção ainda durante a gestação, por meio da imunização passiva: ao receber a vacina, a mãe produz anticorpos que são transferidos ao bebê pelo cordão umbilical, garantindo defesa temporária e eficaz nos primeiros meses de vida.
A vacina está incorporada ao Calendário Nacional de Vacinação da Gestante, com aplicação recomendada a partir da 28ª semana de gestação. O objetivo é imunizar 80% do público-alvo, com a aquisição de 4,2 milhões de doses até 2027.
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O VSR é responsável por cerca de 75% dos casos de bronquiolite em recém-nascidos e por aproximadamente 40% das pneumonias em crianças menores de dois anos. No Brasil, foram registrados até o momento 43,1 mil casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) relacionados ao vírus.
O pediatra Juarez Cunha, membro do Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), afirma que a novidade representa um salto histórico na prevenção:
“Durante muito tempo estudamos estratégias para combater o VSR. Hoje, contamos com duas ferramentas inovadoras: a vacina e o anticorpo monoclonal. No caso das gestantes, a vacinação é fundamental para que a mãe produza anticorpos e os transfira ao bebê”, explica.
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Fonte: Metrópoles
