O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (8/12) que o Tesouro Nacional está encarregado ao plano de reestruturação dos Correios e que teria espaço para aporte da União na estatal, no entanto, é algo que ainda não foi decidido.
Ele disse, ainda, que o aporte seria de até R$ 6 bilhões, mas reforçou que as negociações não foram fechadas. De acordo com Haddad, o valor poderia ser previsto tanto em crédito extraordinário quanto em Projeto de Lei.
O ministro disse também que a outra parte do valor necessário para recuperação dos Correios pode ser conseguida via empréstimos, mas ainda é preciso negociar com os bancos.
A declaração foi dada na saída do Ministério da Fazenda, em Brasília.
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Entenda a crise dos Correios
Os Correios atravessam uma das fases mais delicadas de sua história recente. Depois de anos acumulando prejuízos bilionários, a estatal enfrenta queda no volume de correspondências, aumento de custos operacionais e dificuldades para competir com empresas privadas cada vez mais estruturadas.
A crise foi agravada por decisões estratégicas frustradas nos últimos anos, além de pressões políticas e mudanças regulatórias.
Um dos fatores que mais impactou o caixa foi a chamada “taxa das blusinhas”, que alterou regras de importação e reduziu o volume de remessas internacionais processadas pela estatal. A queda nessa receita ajudou a ampliar o rombo financeiro e expôs o risco da dependência de um segmento volátil.
Diante desse cenário, o governo tenta encontrar alternativas para estabilizar a empresa e evitar um colapso operacional. Entre as opções estudadas estão parcerias com a iniciativa privada, revisão de contratos, cortes de despesas e um plano de modernização tecnológica.
Fonte: Metrópoles
