O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou dados que apontam para um aumento das áreas de pastagens e agrícolas em todo país.
A análise, que considerou o período entre os anos 2000 e 2020, verificou que o avanço dessas atividades ocorreu sobre áreas de vegetação natural. O estudo está detalhado na publicação “Território e Meio Ambiente – Estatísticas por Macrorregiões Hidrográficas”, divulgado nesta segunda-feira (8).
Entre 2000 e 2020, todas as macrorregiões hidrográficas (MacroRHs) foram afetadas por alterações de cobertura e de uso da terra devido às atividades humanas, tanto em áreas florestais quanto não florestais.
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Expansão nas macroregiões Amazônica e Tocantins-Araguaia
As MacroRHs que apresentaram a maior variação no uso da terra, com o avanço de áreas agrícolas, silvicultura e pastagens, foram a Amazônica e a Tocantins-Araguaia.
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Em termos proporcionais, a região Amazônica registrou o maior incremento de áreas afetadas, com um aumento de 80,78% no período analisado. Essa área passou de 264.896 km² em 2000 para 478.882 km² em 2020.
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A pressão das atividades humanas sobre o território resultou em perdas significativas de áreas naturais. As maiores perdas proporcionais de áreas naturais florestais e não florestais ocorreram, respectivamente, nas áreas do Tocantins-Araguaia e do Paraná.
Na região Tocantins-Araguaia, a redução foi de 28,67%, equivalente a 78.027 km², enquanto na do Paraná, a perda foi de 27,75%, equivalente a 22.607 km².
