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Enviado de Trump se encontra com Putin em nova rodada de negociações

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Enviado de Trump se encontra com Putin em nova rodada de negociações

O enviado especial do presidente americano Donald Trump, Steve Witkoff, se reúne com o líder russo Vladimir Putin nesta terça-feira (2) para uma nova rodada de negociações para tentar concluir um acordo de paz entre Moscou e Kiev.

O genro de Trump, Jared Kushner, que também participou das conversas na Flórida, acompanhará Witkoff a Moscou, de acordo com um funcionário da Casa Branca.

Até o momento, o Kremlin se recusou a diminuir ou negociar suas exigências maximalistas para subjugar a Ucrânia.

O encontro acontece enquanto forças russas reivindicam avanços estratégicos no território ucraniano. A Rússia alega ter conquistado as cidades de Pokrovski e Vovchansk, localizações estratégicas no Donbass, que dominam o acesso ao centro da Ucrânia.

Embora a tomada total dessas cidades ainda não esteja confirmada, há indícios de um avanço russo, mesmo que com um custo elevado em termos de baixas militares para ambos os lados.

Negociações em andamento

Trump disse no domingo (30) que as negociações para um acordo de paz com a Rússia estavam “indo bem”, horas depois de o secretário de Estado, Marco Rubio, se reunir com autoridades ucranianas e expressar otimismo quanto ao progresso, apesar dos desafios para pôr fim à guerra que já dura mais de três anos. 

“Bem, eles estão seguindo em frente e estão indo bem”, disse o líder republicano.

“Queremos impedir que pessoas sejam mortas. Não tem muito a ver conosco. Mas eu gostaria de ver se poderíamos salvar muitas vidas. Muitas pessoas estão sendo mortas. No mês passado, tivemos 27 mil mortos naquela guerra ridícula que nunca deveria ter acontecido. Nunca teria acontecido se eu fosse presidente”, acrescentou. 

Rubio afirmou que o objetivo é criar um caminho que deixe a Ucrânia soberana e independente.

As discussões acontecem duas semanas após a apresentação do plano de paz proposto pelos EUA.

Críticos disseram que o plano inicialmente favorecia a Rússia, que iniciou o conflito na Ucrânia com a invasão de 2022.

Pressão sobre a Ucrânia

Kiev enfrenta uma pressão crescente para aceitar condições impostas pela Rússia, que incluem concessão de território ainda ocupado em Donbass e o compromisso de não integrar a Otan, a Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Além disso, há exigências relacionadas à redução do exército ucraniano e à proibição da entrada de tropas estrangeiras em seu território para monitorar um eventual cessar-fogo.

Se não aceitar a proposta de paz viabilizada pelos Estados Unidos, a Ucrânia corre o risco de perder o apoio crucial da inteligência militar americana, fundamental para a resistência contra as tropas russas.

Sem esse suporte, as forças ucranianas perderiam a capacidade de monitorar os movimentos das tropas russas no campo de batalha.

A situação é ainda mais complexa devido à crise de autoridade enfrentada internamente, com incertezas sobre a aceitação dessas condições pela população ucraniana, mesmo que haja um compromisso formal por parte do governo.

A liderança da Ucrânia, enfrentando uma crise política interna alimentada por uma investigação sobre corrupção em larga escala no setor energético, busca reagir em termos favoráveis ​​a Moscou, enquanto as forças russas avançam pelas linhas de frente da guerra.

Na segunda-feira (1º), o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a pedir alterações no plano de paz proposto pelos Estados Unidos.

Durante uma coletiva de imprensa em Paris, nesta segunda-feira (1º), ele disse que as prioridades de Kiev nas negociações são “antes de tudo, proteção e garantias de segurança, garantias da independência da Ucrânia e a preservação de nossa soberania”.

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