O Flamengo conquistou nesta quarta-feira (3/12) o nono título do Campeonato Brasileiro ao vencer o Ceará. A comemoração veio acompanhada de reflexões de Filipe Luís. Após a partida, o treinador, que chegou ao clube ainda como atleta e hoje brilha à beira do campo, concedeu entrevista coletiva e falou sobre o futuro, a pressão do cargo e os feitos alcançados.
O contrato de Filipe se encerra ainda em dezembro e a renovação ainda não foi definida. Questionado sobre o tema, o técnico foi direto: “Se depender de mim, estou renovado. Não depende só de mim. Claro que quero ficar, eu sou feliz, a minha família é feliz aqui”.
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Ele explicou que a indefinição não tem relação com interesse em sair, mas sim com a falta de tempo diante da rotina intensa de competições. “Como que eu ia sentar para renovar contrato disputando final de Libertadores, estudando adversário? Só um fenômeno para achar tempo”, brincou.
Apesar de ter recebido propostas de clubes do exterior, Filipe reforçou o desejo de seguir no Rubro-Negro e comentou a pressão cotidiana no comando do time.
“No Brasil é difícil ter um trabalho longo. A pressão midiática e da torcida faz os treinadores durarem pouco — por mais que isso esteja mudando. No Flamengo é ainda mais difícil, é uma trituradora de treinadores. Quantas noites eu vim aqui e fui massacrado? Não é fácil.”
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Com o Brasileirão, Filipe Luís se torna o primeiro profissional da história do Flamengo a conquistar Copa do Brasil, Libertadores e Campeonato Brasileiro, tanto como jogador quanto como técnico.
“Não sabia. Estou muito feliz, ainda não caiu a ficha. É tudo muito rápido, não dá tempo de comemorar. Eu disse aos jogadores: eu vivi os dois lados, não existe nada melhor do que ser campeão como jogador. Eles fizeram história. Do fundo do meu coração, acredito que são os melhores”, descreveu.
O treinador ainda ressaltou o tamanho do desafio no futebol brasileiro: “Se você jogar no Barcelona cinco anos, com certeza vai ganhar um título espanhol. Aqui isso não significa nada. O último título do Flamengo no Brasileirão foi em 2020.”
Fonte: Metrópoles