O presidente do IVL (Instituto Voto Legal), Carlos Rocha, condenado na ação penal que apurou a tentativa de golpe de Estado, usou as redes sociais para rebater a acusação da PGR (Procuradoria-Geral da República) que o levou à condenação.
Carlos Rocha respondeu a uma postagem feita por uma outra pessoa que o apontava como foragido da Justiça. No texto ele diz: “O PGR fez uma avaliação muito positiva do nosso relatório técnico e da minha qualificação profissional na acusação ao Núcleo 1 […]. Em absoluta contradição, o mesmo PGR afirmou exatamente o contrário na acusação ao Núcleo 4”, escreveu no LinkedIn.
No meio da publicação, postou um vídeo em que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, fala sobre o relatório elaborado pelo IVL sobre as urnas eletrônicas. Em nenhum momento ele cita onde está e por que não se apresentou à Justiça para cumprir prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), no sábado (27).
A ordem de prisão foi tomada “de ofício”, ou seja, sem provocações da PGR (Procuradoria-Geral da República) ou da PF (Polícia Federal). A determinação teve o objetivo de evitar novas fugas de condenados.
A decisão foi proferida após o ex-diretor geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques ser preso no Paraguai na madrugada de sexta-feira (26).
Além da prisão domiciliar, foram impostas a Carlos Rocha medidas cautelares, como a proibição de uso de redes sociais e de contato com outros investigados.
O presidente do IVL foi condenado a sete anos e seis meses de prisão por participação na trama golpista. A atuação dele teria se dado na produção e divulgação de relatório falso sobre falhas nas urnas para justificar a contestação do resultado eleitoral.
Ele foi condenado apenas por dois dos cinco crimes apontados pela PGR: organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

