O governo negocia com lideranças da Câmara dos Deputados a inclusão do aumento de tributos sobre bets, fintechs e JCP (juros sobre capital próprio) no projeto de lei que prevê um corte linear de 10% nos incentivos fiscais.
A tentativa do governo é aprovar o PLP 128/2025 nesta terça-feira (16), na Câmara, e nesta quarta (17), no Senado, a fim de incorporar suas receitas e economia de despesas no orçamento de 2026.
A previsão do presidente da CMO (Comissão Mista de Orçamento), senador Efraim Filho (União-PB), é liquidar a votação do orçamento ainda nesta semana.
O PLP 128/2025, sob relatoria do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), prevê redução linear de 10% dos benefícios tributários. O governo calcula uma economia perto de R$ 20 bilhões, em 2026, com sua aprovação.
O Senado já aprovou um projeto que resgatava parte da MP 1303 — medida provisória com aumento de taxações e que expirou sem ter sido votada — e propiciaria receitas adicionais de quase R$ 5 bilhões no próximo ano.
A alíquota de GGR das bets (taxação após pagamento dos prêmios a apostadores) passaria dos atuais 12% para 15% em 2026 e 2027, e para 18% em 2028.
A CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) das fintechs subiria de 9% para 12% em 2026, e para 15% em 2028.
Já a alíquota do Imposto de Renda cobrado sobre JCP aumentaria dos atuais 15% para 17,5%.
