Israel acusa Hamas de violar cessar-fogo em Gaza e diz que responderá

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o grupo palestino Hamas nesta quarta-feira (24) de violar o cessar-fogo na Faixa de Gaza ao se recusar a desarmar-se e afirmou que Israel retaliaria após um oficial militar ter sido ferido por um ataque que as Forças Armadas descreveram como uma bomba.

Em um discurso durante a formatura de pilotos da Força Aérea, Netanyahu mencionou o ataque em Rafah, região de Gaza onde as forças israelenses ainda operam, e afirmou que o Hamas deixou claro que não tinha planos de se desarmar, conforme previsto no acordo de cessar-fogo de outubro.

“Israel responderá de acordo”, disse o premiê.

O Exército de Israel havia informado anteriormente que um dispositivo explosivo detonou contra um veículo militar na região de Rafah e que um oficial ficou levemente ferido.

O Hamas negou a responsabilidade. A explosão foi “causada por bombas deixadas pelo inimigo que não haviam explodido anteriormente, e informamos os mediadores sobre isso”, afirmou o oficial do Hamas, Mahmoud Merdawi, em uma publicação no LinkedIn.

Um plano de 20 pontos divulgado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em setembro, prevê uma trégua inicial seguida de medidas para uma paz mais ampla.

Até o momento, apenas a primeira fase entrou em vigor, incluindo um cessar-fogo, a libertação de reféns e prisioneiros e a retirada parcial de Israel.

O plano de Trump prevê, em última análise, o desarmamento do Hamas e a sua completa ausência de poder governamental em Gaza, bem como a retirada de Israel.

O Hamas afirmou que só entregará as armas após a criação de um Estado palestino, algo que Israel afirma que jamais permitirá.

A violência diminuiu, mas não cessou completamente desde que o cessar-fogo em Gaza entrou em vigor em 10 de outubro, com os dosi lados acusando-se mutuamente de violações.

O Ministério da Saúde de Gaza afirma que Israel matou mais de 400 pessoas no território desde a implementação do cessar-fogo. Três soldados israelenses foram mortos em ataques de militantes.

O Hamas “declara abertamente que não tem intenção de se desarmar, em completa contradição com o plano de 20 pontos do Presidente Trump”, declarou Netanyahu.

Ele acrescentou que o Hezbollah no Líbano, que Israel enfraqueceu severamente em ataques no ano passado, que também terminaram em um cessar-fogo mediado pelos EUA, também não tinha intenção de se desarmar, “e estamos lidando com isso também”.

Israel ainda precisa acertar as contas com os houthis apoiados pelo Irã no Iêmen, bem como com o próprio Irã, acrescentou.

“À medida que essas antigas ameaças mudam de forma, novas ameaças surgem a cada instante. Não buscamos confrontos, mas estamos atentos a todos os perigos possíveis”, declarou Netanyahu.

O primeiro-ministro israelense deve se encontrar com Trump na próxima semana, principalmente para discutir a próxima fase do plano do presidente americano para a Faixa de Gaza.

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