Lula amplia acenos aos evangélicos com decreto da cultura gospel

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto que reconhece a cultura gospel como manifestação cultural. A cerimônia de assinatura, realizada nesta terça-feira (23), no Palácio do Planalto, demonstra um aceno do mandatário aos evangélicos às vésperas do ano eleitoral.

“A assinatura desse decreto que reconhece a cultura gospel como manifestação da cultura nacional representa mais um passo importante de acolhimento e respeito à comunidade, ao povo evangélico do Brasil. É um ato simples, mas com força simbólica muito profunda”, afirmou.

Lula disse ainda que, por meio deste decreto, “o Estado brasileiro confirma que a fé também se expressa como cultura, como identidade, como história viva do nosso povo. É, portanto, uma celebração da cultura brasileira em toda a sua diversidade artística, humana e espiritual”.

Ele destacou outros gestos que já fez à comunidade evangélica. “Foi com esse mesmo espírito que em 2009 criei o Dia Nacional da Marcha para Jesus como manifestação legítima da fé e da cultura popular. Com a mesma alegria, assinei em 2003 a Lei da Liberdade Religiosa. E é com esse espírito que seguimos defendendo de forma firme e serena a liberdade religiosa como valor essencial da nossa democracia.”

O presidente também ressaltou que o Estado é laico, “mas isso não significa um estado indiferente à fé do seu povo”.

Segundo o censo demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2022, divulgado em junho, um em cada quatro brasileiros é evangélico. Enquanto isso, o número de católicos segue predominante, mas apresentando queda no país.

Violência contra mulher

Assim como em outros discursos recentes, Lula voltou a repudiar a violência contra as mulheres nesta terça-feira. Segundo o presidente, o assunto precisa ser discutido nas igrejas.

“Nós precisamos pensar que isso tem que ser discutido nas nossas igrejas. Em todas as igrejas, o pastor tem obrigação de falar isso, o padre tem obrigação de falar isso, o bispo tem obrigação de falar isso. No terreiro, as pessoas têm obrigação de falar isso, porque é uma questão cultural e educacional”, disse o petista.

“Nós precisamos mudar o currículo da nossa escola. A molecada não tem que aprender só que [Pedro Álvares] Cabral descobriu o Brasil. Eles têm que aprender a se reeducar para saber que nenhum menino é superior a uma menina”, acrescentou.

O tema vem sendo bastante abordado por Lula, que já indicou ser uma de suas prioridades em 2026. Em outra ocasião, ele afirmou que se reunirá com representantes de órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário para tratar de soluções para a alta taxa de violência contra as mulheres no Brasil.

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