O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, condenou veementemente os Estados Unidos na quinta-feira (1) após Washington apreender um petroleiro sujeito a sanções, transportando 1,9 milhão de barris de petróleo bruto, classificando o ato como “pirataria naval criminosa”.
Em um pronunciamento televisionado, Maduro acusou os EUA de realizarem “um ataque militar, sequestro e roubo como nos Piratas do Caribe” contra o que ele descreveu como um navio mercante civil privado.
Os EUA apreenderam o petroleiro na costa da Venezuela na quarta-feira (10), na primeira confiscação de uma carga de petróleo venezuelana desde a imposição das sanções em 2019.
Ele afirmou que a embarcação foi apreendida longe das águas venezuelanas, perto de Granada, quando se aproximava do Atlântico.
“Eles sequestraram a tripulação, roubaram o navio”, disse Maduro. “Eles inauguraram uma nova era, a era da pirataria naval criminosa no Caribe.”
Maduro afirmou que o paradeiro da tripulação permanece desconhecido. Ele anunciou que seu governo tomará medidas legais e diplomáticas e implementará ações para proteger os carregamentos de petróleo venezuelanos.
A apreensão representa a primeira ação conhecida do governo Trump contra um petroleiro relacionado à Venezuela desde que ordenou um grande reforço militar na região.
O presidente dos EUA, Donald Trump, levantou repetidamente a possibilidade de uma intervenção militar dos EUA na Venezuela.
Washington já realizou diversos ataques contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas nas últimas semanas, aumentando as preocupações de legisladores e especialistas jurídicos sobre o alcance das operações militares no Caribe.
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