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Mulher que teve partes do corpo arrancados por capivara se recupera em casa

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Mulher que teve partes do corpo arrancados por capivara se recupera em casa

A mulher que teve partes do corpo arrancadas por uma capivara, na praia de Lagoinha do Leste, em Florianópolis (SC), se recupera em casa. Fabiana Lenz, de 32 anos, sofreu o ataque na última segunda-feira (15). Em conversa com a CNN Brasil, a psicóloga e poeta disse que estava acampando no local. Por volta de 12h, ela entrou na lagoa, junto ao companheiro.

“Mergulhei em direção ao fundo, eu tava com água na altura do peito, quando recebi um primeiro golpe na barriga”, contou Fabiana. Inicialmente, a psicóloga achou que tivesse batido em um galho, até avistar a capivara na água. O animal ainda realizou outros dois golpes contra ela. Ao todo, foram três mordidas: no abdômen, na nádega e no braço.

Fabiana conseguiu sair da água com a ajuda do companheiro. Ela foi resgatada de helicóptero e levada até o Hospital Universitário de Florianópolis. “Na tomografia, se verificou que uma mordida no meu abdômen passou raspando meio milímetro da alça do meu intestino”, afirmou.

Fabiana passou por suturas e profilaxia antirrábica. Agora, se recupera em casa, mas segue em acompanhamento. Ela disse que costuma frequentar o local anualmente e que identificou a presença de capivaras há cerca de dois anos.

Ela, inclusive, teria ajudado um homem, que também foi atacado pelo animal, no início do ano. “A capivara mordeu e arrancou um pedaço da coxa dele. Ele também teve que ser resgatado de helicóptero daquele lugar”, disse.

Em nota, a Fundação Municipal do Meio Ambiente disse que considera o episódio pontual e que não representa o padrão de comportamento das capivaras. Ainda, o órgão aponta que deve-se evitar entrar na água quando houver capivaras ou outros animais silvestres nas proximidades.

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Confira a nota na íntegra:

“A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), informa que possui registros da presença de capivaras em diferentes regiões da Ilha há vários anos, como parte de um processo natural de recolonização da espécie em áreas com ambientes favoráveis, como rios e lagoas. O episódio registrado recentemente na Lagoinha do Leste é considerado pontual e não representa o padrão de comportamento das capivaras, que são animais silvestres, gregários e de hábito herbívoro. As imagens indicam uma reação defensiva do animal, que foi surpreendido dentro da água, ambiente utilizado como refúgio e área de reprodução, não se caracterizando como ataque intencional ou comportamento predatório.

A Floram, através do Projeto CAPI Floripa, reforça que não há indicativos técnicos de superpopulação de capivaras no município nem previsão de medidas de manejo populacional. A principal forma de prevenção é a convivência responsável, com base na informação e no respeito à fauna silvestre. A orientação é manter distância mínima de 10 metros, não se aproximar, não tocar, não alimentar e evitar entrar na água quando houver capivaras ou outros animais silvestres nas proximidades, além de redobrar a atenção com cães. Em caso de qualquer acidente envolvendo animais silvestres, a recomendação é procurar imediatamente atendimento médico.”

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