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Os principais desafios de Marcelo Paz à frente do Corinthians

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Os principais desafios de Marcelo Paz à frente do Corinthians

O Corinthians oficializou, no último sábado (27), a contratação de Marcelo Paz, ex-CEO do Fortaleza. O contrato foi assinado até o final de 2026.

O profissional chega para assumir o cargo anteriormente ocupado por Fabinho Soldado, que deixou o clube paulista e deve acertar com o Internacional.

A Itatiaia lista, abaixo, os principais desafios que Marcelo Paz terá à frente do Corinthians:

Influência política

O Timão, nos últimos anos, se notabilizou pelo caos político instaurado no clube. Neste ano, por exemplo, Augusto Melo sofreu impeachment após se tornar réu por associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro. Com isso, Osmar Stabile assumiu a presidência.

Após a conquista da Copa do Brasil, o ex-executivo Fabinho Soldado e o atacante Memphis Depay externaram insatisfação com uma suposta influência de conselheiros e diretores na tomada de decisões. Vale lembrar que Osmar Stabile foi eleito presidente com forte apoio do Conselho Deliberativo.

A expectativa de Marcelo Paz é ter autonomia para tomar as principais decisões relacionadas ao departamento de futebol, alinhado com Stabile e os diretores de outros setores, como financeiro e jurídico.

Poucos recursos

O Corinthians vive um cenário financeiro delicado e, em busca de estancar a crise, prevê uma redução de custos para 2026, inclusive no futebol.

O clube não se vê em condições de contratar jogadores mediante o pagamento de taxas de transferência — prática comum na gestão de Augusto Melo e que contribuiu para o aumento da dívida.

A diretoria corintiana também trabalha com a expectativa de reduzir a folha salarial do elenco em cerca de R$ 6 milhões mensais.

A dívida do Corinthians é avaliada em cerca de R$ 2,7 bilhões.

Transfer bans

Para contratar, o Corinthians terá de derrubar dois transfer bans em vigor: um imposto pela Fifa, em razão da dívida com o Santos Laguna, do México, e outro aplicado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol), devido ao atraso no pagamento de uma das parcelas da CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas).

Com a entrada de receitas importantes, o clube espera quitar a pendência com o time mexicano até a reapresentação do elenco, no sábado (3).

Já o débito junto à CBF só deve ser regularizado após o Corinthians pagar a parcela do dia 17 de janeiro dentro do prazo estabelecido. Até lá, o Timão seguirá negociando com a entidade em busca de um acordo.

Forte cobrança

Naturalmente, a cobrança no Corinthians é elevada. A temporada de títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil reforça a expectativa de que o clube siga brigando por competições de alto nível, mesmo com as dificuldades nas finanças. Em 2026, o Timão voltará a disputar a fase de grupos da Copa Libertadores, torneio que atrai holofotes.

O trabalho bem-sucedido de Fabinho Soldado, figura fundamental na blindagem do CT Joaquim Grava, também aumenta a pressão para que Marcelo Paz dê sequência ao que vinha sendo realizado.

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