O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, pediu desculpas nesta segunda-feira (22) à comunidade judaica e à nação pelo ataque na praia de Bondi, em Sydney, no domingo (14), que deixou 15 mortos.
“As emoções estavam à flor da pele e muitas pessoas na comunidade estavam magoadas e com raiva, e parte dessa raiva foi direcionada a mim, o que eu compreendo”, disse Albanese à imprensa, na cidade de Canberra. “Como primeiro-ministro, sinto o peso da responsabilidade por uma atrocidade que aconteceu enquanto eu era primeiro-ministro e lamento profundamente o que a comunidade judaica e nossa nação como um todo sofreram.”
Albanese tem enfrentado críticas crescentes de opositores que argumentam que seu governo não fez o suficiente para conter o aumento do antissemitismo.
Ele foi vaiado por parte da multidão durante uma cerimônia em memória das vítimas em Bondi, que reuniu dezenas de milhares de pessoas no domingo (21), uma semana após o atentado.
O governo de Albanese afirmou que tem denunciado consistentemente o antissemitismo e destacou a legislação aprovada nos últimos dois anos para criminalizar discursos de ódio e a divulgação de informações pessoais online (doxxing).
A administração do premiê também expulsou o embaixador do Irã, após acusar Teerã de orquestrar ataques antissemitas em Sydney e Melbourne.

