A Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador de medicamentos dos Estados Unidos, anunciou na sexta-feira (12/12) a aprovação de dois novos medicamentos para tratar a gonorreia resistente.
A aprovação recente de novos medicamentos contra gonorreia marca uma mudança relevante no combate a essa infecção sexualmente transmissível (IST). Autoridades sanitárias buscam responder ao avanço da resistência bacteriana detectada em várias partes do mundo.
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Os novos medicamentos aprovados pela agência americana devem passar a ser mais uma frente de primeira linha para tratar a gonorreia urogenital não complicada, aumentando a variedade de armas contra a doença. A decisão ocorre em meio a alertas sobre a redução gradual da eficácia dos tratamentos tradicionais.
A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. A forma urogenital não complicada afeta a uretra ou colo do útero. Os sintomas incluem dor ao urinar, corrimento genital e inchaço. A ausência de tratamento pode levar à infertilidade e a outras complicações do funcionamento do sistema reprodutor.
“A disponibilidade de opções de tratamento adicionais é de particular importância, dado o aumento global da resistência aos medicamentos contra a gonorreia”, disse o médico Peter Kim, diretor da divisão de anti-infecciosos do FDA.
Os novos remédios para a gonorreia
O primeiro medicamento aprovado foi a zoliflodacina, da Entasis Therapeutics. O medicamento é apresentado em grânulos solúveis em água e seu uso está autorizado para adultos e crianças a partir de 12 anos com peso mínimo de 35 quilos.
O FDA também deu aval para a gepotidacina, da GSK. O antibiótico é administrado em comprimidos orais e a indicação é para pacientes com 12 anos ou mais e peso mínimo de 45 quilos.
Historicamente, o tratamento combinava injeção de ceftriaxona com antibiótico oral. Diretrizes mais recentes passaram a recomendar apenas a injeção. A limitação de opções reforçou o receio diante do avanço da resistência bacteriana.



Já a gepotidacina foi testada em estudo com 628 participantes. A eliminação bacteriana foi avaliada entre quatro e dez dias. O estudo mostrou cura em 93% dos pacientes tratados, ambos os índices são similares ao do tratamento padrão (injeção e comprimido antibiótico).
Fonte: Metrópoles
