Professor demitido pela Ufac por assédio sexual é convocado em concurso do Estado para o Magistério

O professor Regineison Bonifácio de Lima deixou de ser servidor público federal após ser demitido por assediar sexualmente alunas menores do Colégio de Aplicação, vinculado à Ufac. O docente, até então na grade de ensino básico, foi o principal alvo de um Processo Administrativo Disciplinar em que foram ouvidas as vítimas, alunas menores de 18 anos, seus pais e outros professores que testemunharam ou foram procurados pelas garotas. Mas, estranhamente, a punição ficou apenas no âmbito da Administração Superior da Ufac, que, segundo apurou a reportagem, não remeteu as conclusões da sindicância ao Ministério Publico Federal, nem ao MPE, como deveria ser praxe, afim de o agressor responder criminalmente também.

Regineison agora está credenciado pelo Estado do Acre a retornar à sala de aula, como mostra a convocação da Secretaria de Educação em que ele aparece como aprovado no concurso para o magistério. Ele deve tomar posse como professor em alguma escola urbana da rede estadual de ensino já no mês de janeiro, segundo cronograma divulgado pela SEE.

Da demissão na Ufac (publicada no Diário Oficial da União em 9 de outubro) até a convocação do concurso feita pelo Estado (no Diário Oficial em 5 de dezembro) se passaram 70 dias.

SEE de mãos atadas

Como a investigação parou na fase administrativa sem que o MPF tenha sido provocado, a esperada punição criminal não veio. A Secretaria de Educação, apurou a reportagem, dará início à investigação social dos aprovados nos primeiros dias de 2026, mas não há muito sobre este caso. A nomeação de Regineison somente seria cancelada se ele tivesse sido condenado judicialmente, diz a lei.

Uma fonte do estado ouvida há pouco disse que, “não havendo base legal para cancelar a nomeação, o professor em questão poderia ser lotado próximo da gente, monitorando-o, mas longe da sala de aula, afinal ele cometeu um crime”. O porta-voz da secretaria, Venícius Charife, informou que buscará orientações do Jurídico da SEE.

Ufac deve explicações

Já o assessor de Imprensa da Ufac, Gilberto Lobo, não atendeu às chamadas da reportagem.

Seguimos aguardando explicações da universidade sobre as razões pelas quais o MPF não foi acionado.

Lembre o caso

O assédio e importunação sexuais explodiu em maio deste ano, durante a greve dos professores, em que pais e estudantes do Colégio de Aplicação denunciaram o crime. O Comando de Greve, exercido pela ADufac  (Associação dos Docentes da Ufac) encaminhou as denúncias recebidas à Administração Superior da Ufac, que decidiu pela instauração do PAD e afastamento cautelar do docente.

Foto montagem: agazeta.net

 

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