O Brasil teve muito a comemorar no UFC em 2025. No entanto, alguns infortunos também frustaram o Esquadrão na principal competição de MMA no mundo. Desde a recuperação do cinturão por Alex Poatan até o nocaute de Charles Oliveira, além de despedidas marcantes de ídolos, o ano foi movimentado para os brasileiros dentro dos octógonos.
Poatan atual campeão dos meio-pesados do UFC.
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Charles foi nocauteado por Ilia Topuria em junho deste ano
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Topuria é o campeão do peso-leve
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O russo é o novo líder do ranking pound-for-pound
Pantoja perdeu o cinturão
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Tropeço de Poatan tem revanche com final feliz
Alex Pereira é indiscutivelmente o brasileiro que mais esteve em alta durante 2025. Mesmo assim, Poatan teve seu momento de baixa. O brasileiro estava invicto entre os meio-pesados desde 2023, quando deixou o meio-médio, após perder o cinturão. No mesmo ano, no entanto, se tornou campeão da catergoria até 92,9kg.
Poatan carregava o cinturão desde então, quando o perdeu na 4ª tentativa de defesa, em março deste ano. Após cinco rounds de disputa, os juízes elegeram o desafiante Magomed Ankalaev como o vencedor da noite. O pedido de revanche do brasileiro não demorou para aparecer.
Até que os dois se reecontraram, em 4 de outubro, no UFC 320. Foi então que Poatan mostrou, dentro do octógono, que o cinturão nunca deveria ter deixado de pertencer ao Brasil. Com apenas 80 segundos, Alex nocauteou o russo e voltou a ser o campeão.
Makhachev dá adeus ao peso-leve e se torna campeão do meio-médio
O pupilo de Khabib Nurmagomedov parece estar seguindo bem o legado do mentor. Islam Makhachev, em maio, decidiu que se despediria do peso-leve, no qual era o campeão, para enfrentar um novo desafio. O russo então subiu dos 70kg para os 77kg.
A estreia no peso meio-médio, para um lutador deste calibre, havia que ser em grande estilo. Por isso, o adversário escolhido foi o então campeão da categoria, Jack Della Maddalena. No duelo principal do UFC 322, realizado em Nova York, Makhachev venceu o australiano por decisão unânime dos juízes e se tornou campeão duplo da competição.
Em briga por cinturão, Charles termina nocauteado
Charles do Bronx era uma das grandes promessas para dar a volta por cima em 2025. O paulista buscava recuperar o título do peso-leve, e com Islam Makhachev se promovendo à categoria acima, a tarefa parecia simplificada. Na briga pelo cinturão, no UFC 317, em junho deste ano, o brasileiro enfrentou Ilia Topuria.
O georgiano, invicto na carreira, fazia sua estreia na categoria até 70kg. Topuria deixou o peso-pena como campeão, para tentar vencer em mais um patamar. Charles já havia trilhado o caminho até este cinturão em 2021, mas desta vez foi superado pela estreante. Aos 2 minutos do primeiro round, o brasileiro foi nocauteado com o soco certeiro no rosto e o título ficou por conta do estrangeiro.
Brasil termina ano com um cinturão a menos
Por pouco o Esquadrão Brasileiro não fecha mais um ano com dois campeões. Alexandre Pantoja, por conta de uma infelicidade, perdeu o título do peso-mosca. Em 6 de dezembro, pelo UFC 323, o carioca defendia o cinturão pela 5ª vez. O desafiante era Joshua Van.
No entanto, bastaram apenas 26 segundos para o juiz ter que encerrar a luta e declarar o atleta do Myanmar como o ganhador. Pantoja, ao cair no chão, quebrou o branço e por isso a disputa teve que ser interrompida.
“O Canibal” era o brasileiro mais longevo como campeão. Ele se firmava no topo dos moscas desde julho de 2023, quando derrotou Brandon Moreno. Além disso, devido à fratura, o carioca ainda não tem compromisso marcado para 2026, para uma possível revanche.
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Luvas penduradas
O UFC se despediu de um dos maiores nomes da divisão. José Aldo anunciou a aposentadoria, após 14 anos na competição. O Júnior, como é chamado, revelou a decisão no UFC Rio, em 11 de outubro. A última vez que entrou no octógono foi em maio, no evento 315, em que perdeu para Aiemann Zahabi. Na carreira, o brasileiro somou 23 lutas oficiais pelo Ultimate.
Aldo fez estreia no UFC em abril de 2011, após esta competição se fundir com o WEC, na qual ele já era campeão do peso-pena. No debute, venceu Mark Hominick e começou uma jornada de invencibilidade que duraria quatro anos. Após sete defesas de cinturão, o brasileiro foi derrotado em 2015, no fatídico embate contra Conor McGregor, que durou apenas 13 segundos.
Quem também pendurou as luvas no UFC foi Dustin Poirier. O norte-americano, aos 36 anos, entrou no octógono pela última vez em 19 de julho. A disputa valia o título simbólico do cinturão BMF (lutador mais durão), que Poirier tentaria tomar de Max Holloway.
No entanto, o título se manteve com o havaiano. Mesmo assim, o clima foi de emoção dos dois lados do cage, isto porque Holloway estreiou no UFC em duelo contra Poirier e agora fechava as portas para o veterano.
Fonte: Metrópoles
