A Rússia intensificou seus ataques contra a Ucrânia neste sábado (6), lançando uma das maiores ofensivas dos últimos meses com mais de 700 drones e mísseis contra diversas regiões do país. O bombardeio deixou pelo menos cinco pessoas mortas.
Segundo o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, os russos estão usando o frio como arma de guerra, direcionando seus ataques contra a infraestrutura energética em um momento em que as temperaturas começam a cair com a chegada do inverno no hemisfério norte.
“Os principais alvos desses ataques foram, mais uma vez, instalações de energia”, afirmou o ucraniano.
Os ataques russos incluíram mísseis balísticos, atingindo múltiplas regiões do país e afetando severamente a população civil, que agora enfrenta não apenas o risco de bombardeios, mas também a perspectiva de um inverno rigoroso com a infraestrutura energética comprometida.
Esforços diplomáticos em andamento
Enquanto a violência continua intensa no território ucraniano, as negociações para o fim do conflito prosseguem sem resultados concretos. Zelensky teve uma conversa que classificou como “substancial” com Steve Witkoff e Jared Kushner, representantes do presidente dos EUA, Donald Trump, nas negociações.
Kushner e Witkoff estiveram recentemente em Moscou para uma longa reunião de cinco horas com o líder russo, Vladimir Putin. Segundo relatos, os russos mantêm exigências consideradas inaceitáveis pelos ucranianos, como a cessão de até 20% do território do país.
Zelensky deve visitar Londres na próxima segunda-feira (8) para se reunir com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Friedrich Merz. O encontro visa discutir a posição europeia nas negociações, já que os líderes europeus desejam participar direta ou indiretamente das conversas entre Rússia e Ucrânia. O líder ucraniano expressou que seu país está determinado a alcançar a paz.
