Sindicatos de trabalhadores dos Correios em nove estados realizam, desde quarta feira (17), uma greve por tempo indeterminado contra medidas adotadas pela estatal e pela falta de um acordo coletivo e reajuste salarial para a categoria.
Os sindicatos que aderiram a medida foram os do Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Dos 36 sindicatos que representam os trabalhadores da estatal, 24 não aderiram ao movimento de paralisação.
De acordo com a empresa, todas as agências funcionam normalmente e as entregas seguem sendo realizadas em todo o território nacional nesta quinta-feira (18). Conforme os Correios, 91% do efetivo da companhia operou normalmente na quarta.
Medidas contingenciais foram tomadas para evitar possíveis impactos operacionais, de forma que garanta a continuidade dos serviços essenciais à população.
Em nota, a empresa afirmou que o TST (Tribunal Superior do Trabalho) apresentou, nesta quarta, uma proposta de (ACT) Acordo Coletivo de Trabalho 2025/2026 dos Correios.
O ACT trata-se da negociação direta entre o sindicato dos trabalhadores e uma ou mais empresas. O documento estabelece condições e benefícios específicos para os funcionários daquela empresa ou grupo empresarial, sem efeito para outras categorias ou empregadores.
O órgão propôs, após realizarem as audiências de mediação, um acordo com duração de dois anos, que visa preservar os benefícios, continuidade, estabilidade e respeito aos colaboradores dos Correios, mesmo em um cenário econômico-financeiro considerado “desafiador para a empresa.”
O que a categoria reivindica
Os sindicatos determinaram greve por tempo indeterminado contra medidas adotadas pela estatal e pela falta de um acordo coletivo. Veja abaixo quais são os pedidos:
- Reajuste salarial com reposição da inflação;
- Manutenção de direitos históricos do ACT;
- Adicional de 70% nas férias;
- 200% para trabalho aos fins de semana;
- “Vale-peru” de R$ 2.500.
Veja nota dos Correios na íntegra:
“Todas as agências estão funcionando e as entregas seguem sendo realizadas em todo o território nacional. Nessa quarta-feira (17), cerca de 91% do efetivo da empresa esteve em atividade. Dos 36 sindicatos que representam os trabalhadores da estatal, 24 não aderiram ao movimento de paralisação. A adesão registrada tem sido parcial e localizada, com concentrações em estados como Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Para mitigar eventuais impactos operacionais, a empresa adotou medidas contingenciais que garantem a continuidade dos serviços essenciais à população.
Os Correios reafirmam seu compromisso com o diálogo responsável, a sustentabilidade da empresa e a preservação dos empregos. Nesse sentido, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) apresentou, também nessa quarta-feira (17), proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2025/2026 dos Correios.
Após audiências de mediação, a Corte propôs um acordo com vigência de dois anos que preserva benefícios e assegura a continuidade, estabilidade e respeito aos empregados, mesmo em um cenário econômico-financeiro desafiador para a empresa. O documento será deliberado nas assembleias das federações representativas dos empregados.”
*Sob supervisão de Carolina Figueiredo

