O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, direcionou seu discurso à nação nesta quarta-feira (17) para questões de política interna, como economia e imigração.
Em aproximadamente 18 minutos de pronunciamento, o líder americano exaltou entregas de seu governo sobre as conquistas do primeiro ano de mandato.
“Em poucos meses, passamos da pior para a melhor situação”, disse Trump na Casa Branca, enumerando uma série de produtos que, segundo ele, estavam mais baratos em comparação com o ano passado. “Estou reduzindo esses preços altos e reduzindo-os muito rapidamente.”
O presidente americano atribuiu a culpa pela inflação ao ex-presidente Joe Biden, afirmando que agora estava progredindo na resolução do que caracterizou como uma “bagunça” econômica. Ele prometeu novas medidas de alívio para os americanos em 2026, mencionando as novas medidas tributárias aprovadas no âmbito do “grande e belo projeto de lei” dos republicanos.
A mensagem representou um esforço concentrado para combater a crescente reação negativa dos eleitores em relação à economia, que derrubou a taxa de aprovação de Trump.
O cenário gerou temores dentro do Partido Republicano de que ele esteja caminhando para grandes perdas nas eleições de meio de mandato do próximo ano.
Trump exaltou esforços para conter o fluxo de imigração ilegal no país:
“Nos últimos sete meses, nenhum imigrante ilegal entrou em nosso país, um feito que todos diziam ser absolutamente impossível. Vocês se lembram de quando Joe Biden disse que precisava que o Congresso aprovasse uma legislação para ajudar a fechar a fronteira?”, disse o líder republicano em um pronunciamento na Casa Branca.
“Como se viu, não precisamos de legislação. Só precisamos de um novo presidente. Herdamos a pior fronteira do mundo e rapidamente a transformamos na fronteira mais forte da história do nosso país”, acrescentou.
O líder americano voltou a dizer que resolveu oito guerras desde o seu retorno à Casa Branca. “Restaurei a força americana e resolvi oito guerras em 10 meses”.
Crise com a Venezuela
Contrariando expectativas de um pronunciamento sobre a crise com a Venezuela, o líder americano optou por não comentar as ações contra o governo do ditador Nicolás Maduro.
Apesar do silêncio, minutos antes do discurso militares americanos efetivaram um novo ataque a uma embarcação supostamente envolvida no tráfico de drogas no Pacífico Oriental, matando quatro pessoas.
A tensão com o país sul-americano se intensificou nesta semana após Trump declarar um bloqueio “total e completo” a petroleiros sancionados da Venezuela, visando a principal fonte de renda do país em meio a uma crise política em curso.
Nos últimos meses, os EUA enviaram milhares de soldados, aeronaves, veículos e navios de guerra para o Caribe, incluindo o maior porta-aviões do mundo. Além disso, realizaram ataques contra diversas embarcações que supostamente seriam ligadas ao narcotráfico.
A forte presença militar na região também eleva os riscos para navios de carga, encarecendo ou até inviabilizando seguros marítimos para embarcações que precisam transitar pela área.