As despesas pessoais e os gastos com habitação puxaram para cima o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro. O grupo das despesas pessoais teve variação de 0,77%. O índice global teve alta de 0,18%, conforme os dados divulgados nesta quarta-feira (10/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Só o grupo despesas pessoais, com a alta de 0,77% nos preços, foi responsável 0,08 pontos do IPCA de novembro. Ou seja, respondeu por quase metade do índice.
Dentro do grupo de despesas pessoais, se destacaram as altas em hospedagem, com 4,09%. O IBGE pontuou para o indicador os preços das hospedagem em Belém, com elevação de (178,93%) em razão da realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), de 10 de novembro a 21 de novembro.
O segundo grupo com maior elevação nos preços foi o de habitação, com 0,52%. Neste caso, a energia elétrica residencial pesou para o índice, com alta de 1,27%.
As faturas de energia elétrica operaram com bandeira tarifária vermelha patamar 1, a mesma do mês anterior. Isto implica em adicionar R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos. Houve reajustes significativos em algumas capitais como em Goiânia (19,56%), a partir de 22 de outubro; e de 11,21% em Brasília.
Já no grupo de transportes, houve variação de 0,22% refletindo a alta de 11,90% no subitem passagem aérea, principal impacto individual (0,07 ponto percentual) no resultado de novembro.
Ainda no grupo de transportes, por outro lado, houve ligeiro alívio de combustíveis: 0,32%. Houve reduções nos preços de gás veicular (0,51%), gasolina (0,42%) e no óleo diesel (0,06%). O etanol ficou no campo positivo com variação de 0,39%. Em outubro a elevação no biocombustível havia sido ainda maior 0,85.
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Resultado de novembro
Os preços de bens e serviços do país ficaram em 0,18% em novembro, após acelerarem 0,09% em outubro, aumento de 0,09 ponto percentual. No mês de novembro de 2024, a variação foi de 0,39%.
No período de 12 meses fechados em novembro, a inflação acumulada é de 4,46%. No ano, o índice acumula alta de 3,92%.
O centro da meta de inflação é de 3%, mas há uma tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Com isto, é aceitável um índice de 1,5% a 4,5%.
Veja a variação do IPCA por grupos:
Alimentação e bebidas: -0,01%;
Habitação: 0,52%;
Artigos de residência: -1,00%;
Vestuário: 0,49%;
Transportes: 0,22%;
Saúde e cuidados pessoais: -0,04%;
Despesas pessoais: 0,77%;
Educação: 0,01%;
Comunicação: -0,20%;
Fonte: Metrópoles
