Waack: No Chile, transição fala mais que o resultado

As eleições presidenciais no Chile deram uma grande lição, sobretudo para nós aqui no Brasil. Elas terminaram com a vitória fácil de um candidato de ultradireita contra a candidata vinculada a um governo de esquerda. O resultado em si já traz importantes lições políticas sobre a ascensão de movimentos de direita na região, ajudados, inspirados ou não por Donald Trump, bem como sobre as dificuldades enfrentadas pela esquerda na América do Sul.

No entanto, a principal lição do Chile para nós é outra: a forma como está sendo conduzida a transição de governo. Tanto a candidata comunista quanto o presidente de esquerda reconheceram imediatamente a derrota, telefonaram e felicitaram o vencedor. O presidente que está deixando o cargo chegou a tirar fotos cumprimentando o direitista que ocupará seu lugar.

Mais do que isso, embora tenham trocado ofensas ao longo da campanha, ambos passaram a falar em união nacional, apesar de liderarem projetos políticos diametralmente opostos. “Foi um encontro positivo e republicano”, afirmou o presidente eleito, representante da direita. “O que precisamos são políticas de Estado para temas prioritários.”

O Chile é um país muito menor que o Brasil, com uma população equivalente, aproximadamente, a do Rio de Janeiro. Foi uma democracia consolidada até ser destruída por uma das ditaduras militares mais sanguinárias da região, há cerca de 50 anos. Desde então, alternou governos de esquerda e de direita, que se tornaram cada vez mais polarizados e distantes entre si no campo das ideias e das propostas.

Mesmo assim, os chilenos parecem capazes de preservar a importância do gesto político. Civilidade na política nunca é algo ruim.

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