Os principais índices acionários de Wall Street abriram o pregão em leve baixa nesta quarta-feira (10), antes da decisão dos juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), que será divulgada às 16h — pelo horário de Brasília.
As expectativas por um corte na taxa de juros são altas e os investidores precificam uma probabilidade de 89,9% de que o Fed faça uma redução de 0,25 ponto, segundo a ferramenta FedWatch da CME, bem como também apostam em novas medidas de afrouxamento monetário em 2026.
As apostas para corte da taxa são sustentadas por dados recentes da economia mostrarem perda de fôlego nas atividades, sobretudo no mercado de trabalho.
Não há um consenso claro entre as autoridades do banco central norte-americano e os formuladores de políticas buscam um equilíbrio entre reduzir os custos de empréstimo para apoiar o mercado de trabalho e conter qualquer aceleração da inflação. A ausência de novos dados econômicos, provocada pelo shutdown de 43 dias do governo federal dos EUA, dificulta a decisão.
O sentimento que dominou os mercados foi o “medo”, segundo o Índice de Medo e Ganância da CNN. O índice só apresentou níveis de “medo” ou “medo extremo” desde a última decisão do Fed sobre a taxa de juros, em outubro.
Por volta das 11h35, no horário de Brasília, o Dow Jones caía 0,08%, a 47.523 pontos, o Nasdaq descia 0,43%, a 23.474 pontos, e o S&P 500 recuava 0,24%, a 6.824 pontos.
Por volta das 12h05, no horário de Brasília, o Dow Jones subia 0,19%, a 47.652 pontos, o Nasdaq descia 0,21%, a 23.526 pontos, e o S&P 500 recuava 0,02%, a 6.839 pontos.
O chair do Fed, Jerome Powell, deve dar uma coletiva de imprensa às 16h30, e o mercado aguarda por pistas que possam antecipar a manutenção ou pausa da janela de queda das taxas a partir de 2026.
Além disso, ainda não se sabe quem vai liderar o Federal Reserve no próximo ano. O presidente Donald Trump disse que fará o anúncio no início de 2026.
Nos mercados de apostas, o diretor do Conselho Nacional Econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, é um forte nome. Ele tem uma postura mais defensora de cortes nas taxas de juros e é aliado do republicano.
Cortes nas taxas de juros podem impulsionar as ações ao reduzir as taxas de poupança e os custos de empréstimo para indivíduos e empresas, incentivando, por sua vez, o consumo e o investimento, estimulando a atividade empresarial e aumentando os lucros corporativos. Além disso, também podem reduzir o rendimento de títulos do governo de curto prazo e equivalentes de caixa, como fundos do mercado monetário, tornando ativos de maior rendimento, como ações, mais atraentes para os investidores.
*Com informações da Reuters
