Plano está em andamento, mas governo espera recuo dos EUA, diz Tebet

Na véspera da entrada em vigor da tarifa de 50% sobre determinadas exportações do Brasil aos Estados Unidos, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o plano de contingência para proteger os exportadores afetados está “acontecendo”.

No entanto, o governo federal espera um recuo da Casa Branca ou que as taxas sejam adiadas.

Segundo a ministra, há expectativa de que o impacto inflacionário sobre produtos como carne, café e frutas — produtos amplamente comprados pelos norte-americanos que não fazem parte da lista de exceções publicada na semana passada — leve a um reposicionamento por parte da administração Trump.

“Nós acreditamos que, a hora que eles [governo americano] olharem os números inflacionários desses produtos, a hora que eles fizerem a pesquisa de opinião pública — e, obviamente, que eles fazem —, eles vão reposicionar esses produtos no mercado”, afirmou Tebet após um evento no Palácio do Planalto nesta terça-feira (5).

A ministra disse que a reversão pode não ocorrer no dia 6, quando começam a valer as novas taxas, mas que, nos próximos 15 dias ou 30 dias, isso deve acontecer.

Apesar da expectativa por um recuo dos EUA, o governo brasileiro mantém a formulação do pacote emergencial. Segundo Tebet “o plano de contingência está acontecendo” e as equipes estão finalizando o “cardápio”.

A ministra explicou que o pacote poderá variar por setor, conforme o grau de impacto, e deve contar com instrumentos que já foram utilizados durante a pandemia, — com apoio do Congresso Nacional — como alongamento de prazos, carência e juros diferenciados. Mas assegurou que o governo “não vai tirar nada da cartola”.

Questionada sobre os custos das medidas, Tebet negou que haja impacto fiscal imediato relevante, mas admitiu que pode haver algum reflexo nas contas públicas, a depender da extensão das ações.

“Pode até ter algum impacto fiscal. Mas as medidas prioritárias e mais emergenciais agora — alongamento de prazo, carência, juros diferenciados, subsídios, participação dos bancos públicos — não necessariamente passam pelo fiscal. E, aquilo que passar, a gente já teve uma experiência da pandemia”, pontuou.

Segundo a ministra, ainda não há um valor fechado para o pacote, porque algumas das decisões ainda precisam passar pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) ou pelas mesas de bancos públicos, como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), por exemplo.

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