Tebet: EUA que não se enganem, pois nosso maior parceiro é a China

A ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet, afirmou, nesta sexta-feira (8), que os EUA “não podem se enganar”, pois os maiores parceiros comerciais do Brasil hoje são a China e o continente asiático.

“No momento em que o multilateralismo está sendo ameaçado, nós temos que respeitar os Estados Unidos. Precisamos dos Estados Unidos como parceiros comerciais, é verdade; mas os Estados Unidos não podem se enganar: o nosso maior parceiro comercial hoje é a China, é a Ásia”, afirmou a chefe da pasta.

A declaração foi feita durante um evento para anunciar investimentos do governo federal para o estado de Rondônia, que contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Se dirigindo ao também presente presidente da Bolívia, Luis Arce, Tebet ainda acrescentou que “se a América do Sul fosse um país, ela seria o nosso segundo parceiro comercial”, “à frente dos Estados Unidos.”

A fala de Tebet acontece em meio ao contexto de tensão diplomática e econômica entre Estados Unidos e Brasil, com os americanos tendo aplicado tarifas de 50% contra uma série de produtos brasileiros.

A medida foi tomada pelo presidente americano, Donald Trump, em meio a investigações de seu país contra práticas comerciais brasileiras consideradas “desleais” – o que inclui o Pix – e críticas contra a atuação do Judiciário brasileiro em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a redes sociais e plataformas americanas.

Nesta sexta, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro chamou o mais alto representante da diplomacia americana no Brasil, o encarregado de negócios Gabriel Escobar, para manifestar “profunda indignação” por postagens recentes do Departamento de Estado dos EUA e da embaixada americana em Brasília nas redes sociais em relação ao Supremo e a Moraes.

Sancionado pelos EUA com base na Lei Magnitsky, Moraes foi o responsável por determinar a prisão domiciliar de Bolsonaro, na última segunda-feira, e chegou a ser citado nominalmente no decreto executivo do governo dos EUA que impôs a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

Na agenda em Rondônia, Tebet disse que “nós vamos continuar na mesa de negociação, como disse o presidente (Lula)”.

“Nós vamos, se Deus quiser, para que o nosso café e nossos produtos saiam da sobretaxa. Mas, estamos fazendo o nosso dever de casa, integrando a América do Sul”, continuou a ministra, citando a parceria com a China para o projeto de uma ferrovia para ligar os oceanos Atlântico e Pacífico pelo território da América do Sul.

“Vai ser a primeira ferrovia a integrar dois oceanos: o Atlântico, na Bahia, passando por Goiás, rasgando o estado de Mato Grosso, chegando em Vilhena, aqui em Rondônia, em Porto Velho, indo para o Acre e chegando no Peru, no Porto de Chancay, fazendo com que nossos produtos cheguem mais rápidos para a Ásia”, afirmou.

* Sob supervisão de Henrique Sales Barros; com informações de Daniel Rittner

 

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